Filmagens e escutas telefônicas mostram ligação de Edilson com suspeitos de fraude
Filmagens e escutas telefônicas mostram ligação de Edilson com suspeitos de fraude
Após negar participação no esquema de fraudes das loterias da Caixa Econômica Federal, a Polícia Federal (PF) flagrou conversas do ex-jogador Edilson da Silva Ferreira, conhecido como Edilson Capetinha, com integrantes da quadrilha. De acordo com o Ministério Público Federal de Goiás, responsável pela investigação, imagens e escutas telefônicas mostram que o ex-atacante tinha envolvimento com o grupo.
Por conta dos registros, feitos há cerca de nove meses, o procurador da República Hélio Telho Corrêa Filho solicitou a prisão do também empresário.Ele teria mandando um representante se encontrar com os integrantes do esquema no aeroporto de Salvador. As investigações apontam ainda que Edílson teria tentado cooptar pelo menos dois gerentes da Caixa.
O pedido de prisão, no entanto, foi negado pela Justiça Federal. O ex-atacante estava com apresentação marcada na Polícia Federal na sexta-feira (11), mas não compareceu. A expectativa é que ele confirme presença até quarta (16),.
Na última quinta-feira (10), quando a operação Desventura foi deflagrada, o ex-atleta divulgou um vídeo nas redes sociais para esclarecer e negar o seu envolvimento no esquema de corrupção. No registro, ele relata que ?tudo não passou de um mal entendido? e que vai cooperar com a justiça para esclarecimentos.
Cerca de 250 policiais federais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva, oito de prisão temporária, 22 de condução coercitiva e 18 de buscas e apreensões,expedidos pelo juiz federal Leão Aparecido Alves, da 11ª Vara Federal de Goiânia. Os mandados foram cumpridos nos estados de Goiás, São Paulo, Paraná, Bahia, Sergipe e no Distrito Federal. Segundos dados, somente no ano passado, cerca de R$ 60 milhões foram desviados em benefícios dos participantes da quadrilha.
Os investigadores constataram que o esquema criminoso contava com a ajuda de correntistas do banco, que eram escolhidos por movimentarem grandes volumes financeiros e que foram usados para recrutar gerentes da Caixa para serem utilizados na fraude. Dentre esses correntistas foi identificado, o ex-jogador.
De posse de informações privilegiadas, a quadrilha contatava esses gerentes, que se encarregavam de viabilizar o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando, de forma irregular, os bilhetes falsos.