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Programa “Mais Árvores Bahia” realiza devolutiva para comitê gestor de Teixeira de Freitas

Programa “Mais Árvores Bahia” realiza devolutiva para comitê gestor de Teixeira de Freitas

Por Da Redação

No próximo dia 09 de junho será realizado o 2º workshop ?Madeira para uso múltiplo ? integração de pequenos produtores e processadores?, a partir das 9h, no auditório do Sebrae de Teixeira de Freitas (BA). Realizado pelo programa “Mais Árvores Bahia”, o evento tem por objetivo apresentar as ações previstas pelo pré-projeto para 2015 e o projeto a ser implantado para o período de 2016 a 2019. O público-alvo dessa devolutiva é o comitê gestor do programa naquela região, formado no 1º workshop realizado em 18 de março de 2015.


Este pré-projeto para 2015 e o projeto para 2016-2019 foram construídos durante os dois dias de oficina (12 e 13 de maio de 2015), que o grupo responsável pelo programa “Mais Árvores Bahia” realizou na Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), em Salvador (BA). O Programa é uma iniciativa da Associação Baiana de Empresas de Base Florestal (ABAF), do SEBRAE e de uma série de parceiros ligados à agricultura, indústria e à qualificação de mão de obra.


?Neste segundo workshop, o objetivo é pactuar essa agenda proposta para 2015 com o comitê gestor, além apresentar o projeto para o período de 2016 a 2019?, explica Alex Brito – Gerente Regional Sebrae/Extremo Sul da Bahia. ?O projeto busca incentivar o produtor rural a investir no plantio e manejo de florestas comerciais para usos múltiplos com tecnologia aplicada. Ao mesmo tempo, o programa pretende comprometer os outros vértices produtivos: os processadores de madeira (serrarias, fábrica de móveis etc) e os usuários dos produtos finais de madeira (representados pelas revendedoras de materiais de construção e pelos sindicatos)?, explica Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF. ?Este projeto será o primeiro do Brasil que vai unir esses elos?, acrescenta Sami Melo Castro, Analista da Indústria Sebrae/BA.


Oficina

Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF abriu os trabalhos da oficina na FIEB fazendo uma breve explanação do setor de florestas plantadas, sobre o uso múltiplo da madeira e do programa ´Mais Árvores Bahia?. ?A exemplo do programa do Governo da Bahia para fomentar o setor de plástico, lançado na Feiplastic, em São Paulo, estamos propondo o mesmo modelo para a verticalização do setor de madeira na Bahia. Este setor pode ser mais abrangente e inclusivo, pois tem uma grande diversidade de uso. Assim como cada shopping precisa ter suas lojas âncoras; assim como o setor de padaria e confeitaria tem um moinho de trigo que o abastece; assim como a Braskem é a âncora do setor de plástico; pensamos que no setor de madeira, a âncora pode ser a Bahia Produtos de Madeira (BPM), dona da marca Lyptus, que está capacitada para isso. A empresa fornece tábuas e peças de eucalipto de alta qualidade ? através de tratamento que recebem – que plenamente substituem madeiras nobres como cedro, ipê, jacarandá, entre outros. Tudo isso pode ainda evitar o grande volume de importação que as lojas de material de construção e as indústrias da Bahia fazem do Paraná e Santa Catarina, por exemplo. A ideia é produzir na Bahia toda a madeira que precisamos, gerando ainda mais emprego e renda, e ainda tendo condições de cobrir a demanda do mercado internacional?, declarou.


Presente no encontro, Guilherme Bonfim (Superintendente de Política do Agronegócio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura da Bahia ? Seagri/BA) disse que este projeto pode ser defendido dentro da Seagri. ?Todos os projetos interessantes para a agricultura no Estado devem ser defendidos pela Secretaria. Podemos pensar nos inventivos fiscais todos e na legislação que vem sendo modernizada, além de envolver a Assembleia Legislativa, inclusive em outros Estados, para facilitar o tramite aqui na Bahia. Estamos à disposição para fazer essa integração necessária com outras Secretarias, como o Inema, a Fazenda, entre outras?, declarou.


O Superintendente de Desenvolvimento Agropecuário Seagri, Anttonio Almeida Junior, aprovou a ideia de trabalhar toda a cadeia produtiva, incluindo outros tipos de madeira. ?Não podemos fazer revolução em todas as cadeias produtivas. E tampouco trabalhar sozinhos. Por isso essa integração que está sendo construída aqui é muito importante. É importante a participação de outras secretarias, do Sebrae, da Faeb etc. Programas como esse vêm a somar com o novo foco da Seagri e significa mais renda no bolso do produtor rural, mais receita dentro do Estado. A Bahia tem uma arrecadação per capita horrível e temos que reverter isso?, disse.


Juliana Pires, Coordenadora Nacional da Carteira de Madeira e Móveis do Sebrae Nacional, também participou e disse que o grupo está agindo certo em conversar sobre as demandas em comum e na busca  em trabalhar a cadeia produtiva. ?Tudo isso, além desse planejamento a longo prazo, está totalmente alinhado com a proposta do Sebrae Nacional. O trabalho de um grupo interfere positivamente em todo o setor. Isso não é teoria. É pratica que já vimos em outros exemplos positivos?, declarou.


Para Oscar Artaza, do Fórum Florestal do Sul e Extremo Sul da Bahia, esse programa é interessante porque estimula o plantio de madeira e não apenas a exploração. ?Vejo uma grande oportunidade porque a região do cacau tem grande vocação florestal. Vamos cuidar pra que esse programa também venha a minimizar o desmatamento, e preservação dos recursos hídricos que é um dos maiores patrimônios que o Brasil tem. Para que os produtores tenham a melhor prática possível?, concluiu.


Alex Brito, Gerente Regional Sebrae/Extremo Sul da Bahia, lembrou que a madeira plantada pode ter uso múltiplo. ?Poderíamos ter uma maior interação com o programa federal Minha Casa, Minha Vida, por exemplo. Acabaram de construir duas mil casas em Teixeira de Freitas e nenhuma delas leva madeira, nem sequer nas portas. Se a gente pudesse fazer esse casamento com a madeira, seria muito interessante. A madeira plantada gera emprego, renda, desenvolvimento para região, pra cadeia produtiva em geral?, disse.


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