Alunas da rede estadual vão apresentar projeto nos Estados Unidos
Alunas da rede estadual vão apresentar projeto nos Estados Unidos
As estudantes da rede estadual de ensino da Bahia, Beatriz Pereira e Thayná do Santos, que vão representar o Brasil no evento International Science and Engineering Fair (Intel ISEF), de 10 a 15 de maio, em Pittsburhg, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, foram recebidas pelo secretário da Educação, Osvaldo Barreto, na terça-feira (05), na sede da Secretaria da Educação, no Centro Administrativo (CAB).
As estudantes cursam o 3º ano do ensino médio, no Colégio Estadual Antonio Carlos Magalhães, no município de Antonio Cardoso, e desenvolveram um projeto em sete comunidades quilombolas de Antonio Cardoso, cujo objetivo é contar a história das comunidades, buscando o reconhecimento da identidade negra e quilombola. ?Hoje o povo da minha comunidade sente orgulho em se reconhecer quilombola. Fico emocionada em poder representar a minha comunidade. Todo esse processo de pesquisa ajuda a conscientizar sobre o que é ser negro e quilombola, só a educação faz isso?, disse a estudante Thayná dos Santos, da comunidade quilombola de Pau Saltos.
Beatriz Pereira espera estender, para além do Brasil, a discussão sobre o combate ao preconceito racial. ?A expectativa sobre a viagem é a que a gente consiga representar bem o nosso projeto e a nosso ideia, que buscam conscientizar as comunidades e mostrar que essa história de preconceito precisa acabar?, salientou.
O secretário Osvaldo Barreto falou sobre os projetos Ciência na Escola, a Feira de Ciências e Matemática da Bahia, por meio dos quais as estudantes foram estimuladas à pesquisa do tema, como importantes iniciativas da Secretaria da Educação para o estudo científico nas escolas. No entanto, enfatizou o despertar para o exercício da cidadania.
?Uma boa escola pública, uma boa educação são o caminho para o sucesso na vida das pessoas. O fortalecimento da escola, que é o que buscamos com o programa Educar para Transformar ? um Pacto pela Educação lançado pelo governador Rui Costa, é, também, oportunizar que a nossa juventude conquiste a igualdade e uma cidadania plena?, afirmou, Osvaldo Barreto, ressaltando o papel do professor neste processo. ?Estas meninas mostram que a escola pública tem professores dedicados, alunos que se destacam. É uma alegria imensa para nós que acreditamos que uma boa escola produz uma boa educação?, afirmou o secretário.
A professora Patrícia Azevedo, orientadora da pesquisa, disse que o trabalho começou despretensioso, com a informação de que o município de Antonio Cardoso era o mais negro do País, segundo o IBGE. ?Aos poucos, fomos envolvendo os estudantes, levando para conhecer a realidade das comunidades quilombolas. A partir das bases que obtive com a formação do projeto Ciência na Escola e a Feira de Ciência da Bahia, fui ampliando a metodologia, as discussões e o resultado é este, de pertencimento dos alunos, do reconhecimento da identidade negra e quilombola em Antonio Cardoso. Estamos muito felizes e esperamos representar bem a Bahia e o Brasil?.