Banco Central notifica o Vitória sobre penhora do Barradão

O Esporte Clube Vitória recebeu, na última quarta-feira (17), uma notificação do Banco Central, informando a rescisão de um acordo de parcelamento de dívida em razão de inadimplência, além da determinação de penhora do Estádio Manoel Barradas, o Barradão, como forma de garantir a quitação do débito.

A polêmica sobre penhora do Barradão há algum tempo ganhou espaço na mídia e o presidente do clube, Fábio Mota, afirmou ao Aratu On, no último dia 13 de agosto, que é uma "matéria requentada".

Mota citou, na ocasião, outro processo, envolvendo o banco Daycoval. Ele argumenta que se trata de coisa antiga e já resolvida. De acordo com o presidente, a situação estaria na RCE (Regime Centralizado de Execuções), ferramenta jurídica da Lei da SAF, que permite aos clubes de futebol concentrarem todas as suas dívidas em um único juízo.

Na busca pela organização financeira do clube, o Vitória busca também a sua gestão empresarial, mas ainda não encontrou potenciais investidores interessados na SAF, cujo modelo está em discussão interna na instituição.

Execução de Penhora do Barradão

O procedimento de execução de penhora do estádio, contudo, é parte das medidas legais de cobrança adotadas pelo Banco Central quando uma entidade deixa de cumprir os termos de renegociação. 

O parcelamento havia sido firmado como alternativa para que o Vitória tivesse condições de honrar seus compromissos de forma parcelada, evitando sanções mais duras. No entanto, a inadimplência levou ao rompimento do acordo e à retomada das execuções.

O Barradão, patrimônio histórico e símbolo do clube, está juridicamente vinculado ao processo, podendo, em última instância, ser leiloado. 

Construção da Arena Barradão

Na contramão do problema, a direção do Vitória trabalha no projeto de construção da Arena Barradão. O tema foi abordado por Fábio Mota, recentemente, durante o 2º Workshop Vitória SAF, realizado no Quality Hotel & Suites São Salvador. 

O presidente do Vitória detalhou quem são as empresas responsáveis por realizar o projeto de viabilização da Arena Barradão e do plano de negócios do empreendimento.

Uma é a SDPlan, empresa de projetos de arquitetura e engenharia que participou da construção de empreendimentos como as Arenas da Amazônia, Cuiabá e das Dunas. A outra parceira será a AR Foods, responsável pela gestão de bares na Neo Química Arena, do Corinthians.

LEIA MAIS: "Não acho que todo clube precise virar SAF", diz Bellintani ao Aratu On