Arena Barradão: Veja os detalhes do projeto da nova casa do Vitória
Nova casa do Vitória, a Arena Barradão, deve ter construção de 36 meses, de acordo com projeto
Por Lucas Pereira.
O Vitória apresentou os detalhes do projeto da Arena Barradão, nova casa do clube, em um evento ocorrido na segunda-feira (24), que contou com a presença de conselheiros, dirigentes, associados, torcedores e a imprensa. Além da previsão da construção, o público conheceu mais informações sobre o novo estádio.

Uma das novidades da Arena Barradão será a expansão na capacidade do estádio; atualmente o Manoel Barradas conta com quase 31 mil lugares e 20 camarotes. Após a reforma, o Barradão terá 40.597 lugares e 116 camarotes.
Quanto ao prazo de construção, a estimativa é que toda a construção dure 36 meses — sendo seis meses de desenvolvimento e aprovações de projetos e 30 de obras. A estimativa é que com a transformação do estádio em uma arena multiuso, haja uma receita líquida anual de R$ 20 milhões sem riscos.
Em relação a valores, o investimento inicial é de R$ 405 milhões, com promessa de investimento total de R$ 1,4 bilhão durante os 35 anos previstos de administração da empresa responsável.
Além da ampliação, a Arena Barradão contará com espaços especiais, como rooftop com vista panorâmica, restaurantes com visão completa do campo, arquibancadas exclusivas e terraços cobertos planejados para sediar eventos corporativos e culturais.
Próximas etapas da Arena Barradão
Depois da aprovação por unanimidade do Conselho Gestor, no último dia 3 de novembro, e da apresentação oficial ao público, restam as aprovações dos conselhos Fiscal e Deliberativo do clube. A expectativa é que elas aconteçam ainda neste ano, bem como as assinaturas dos contratos em definitivo.
Cumprindo-se o cronograma, o primeiro semestre de 2026 deve ser voltado para a elaboração dos projetos executivos e obtenção das licenças e autorizações. Em seguida, começam as obras na infraestrutura do estádio.
As reformas foram divididas em cinco fases para que o time consiga jogar no estádio. Ainda assim, a Casa de Apostas Arena Fonte Nova e o Estádio de Pituaçu estão sendo sondados para receber jogos do Vitória em caso de necessidade.
Projeto Arena Barradão
A apresentação foi realizada pelo consórcio formado pela SD Plan – Engenharia, Projetos Arenas, e pelo Grupo AR, referência em desenvolvimento e operação de arenas. As empresas haviam sido anunciadas como responsáveis pelo projeto em junho deste ano.
O projeto da Arena Barradão foi anunciado em junho durante o 2º Workshop Vitória SAF, realizado no Quality Hotel & Suites São Salvador. Durante sua fala, Fábio Mota trouxe detalhes sobre as parcerias e investimentos que vão viabilizar o projeto:
“O investimento chegou, a Arena vai sair do papel, porque os caras [empresas parceiras] não estão para brincadeiras. Eu tenho certeza que o Vitória muda de patamar com isso”, disse.
Apesar de ter dito que o projeto seria apresentado ao Conselho Deliberativa em, no máximo, 60 dias, o que se viu foi um atraso com relação à temática, sendo justificada em razão do mau momento do clube nas competições, especialmente na Série A.
Em agosto, o presidente do Vitória admitiu o atraso no processo de discussão da Arena Barradão, mas assegurou que o contrato final para reforma do estádio será assinado ainda neste ano.
Segundo o Mota, isso se deu pela complexidade do projeto. “A gente está discutindo, rediscutindo. Não é só ter o projeto: é ter licença ambiental, alvará e isenções. Estamos nesse perímetro aí”, afirmou, em entrevista à Rádio Sociedade.
De acordo com o gestor Rubro-Negro, houve necessidade de realizar ajustes contratuais e de programas. “Mas é uma realidade. Esse ano ainda assinamos o contrato da arena e, com fé em Deus, quem estiver no Vitória começa a obra no ano que vem”, projetou.
Uma Inteligência Artificial (IA) projetou como que o estádio pode ficar após a conclusão das obras.

Polêmicas com o Barradão
Ainda em setembro, foi noticiado que o Vitória recebeu uma notificação do Banco Central, informando a rescisão de um acordo de parcelamento de dívida em razão de inadimplência, além da determinação de penhora do Estádio Manoel Barradas, o Barradão, como forma de garantir a quitação do débito.
Apesar da rápida circulação do tema, que causou surpresa aos torcedores rubro-negros, o presidente Fábio Mota tratou de desmentir a informação:
De acordo com Fábio Mota, o débito do Vitória com o Banco Central está incluído num dos parcelamentos de dívida firmado pelo clube. Neste acordo, a agremiação paga R$ 145 mil mensais. “As dívidas estão parceladas e não tem risco de o Barradão ir a leilão”, garantiu, em entrevista ao Aratu On.
Ainda de acordo com o dirigente, os pagamentos estão incluídos no planejamento traçado pela diretoria de utilizar recursos oriundos da venda de 15% dos direitos de transmissão do Vitória para a Liga Forte União (LFU). Segundo comunicado emitido pela assessoria de comunicação do clube, na semana passada, o Leão da Barra receberá R$ 62,8 milhões, referentes ao restante do vínculo até 2029 com a Liga do Futebol Brasileiro (Libra), do qual a instituição faz parte até o momento.
Mota diz que os direitos foram vendidos para pagar parcelamentos projetados ainda para este ano. “Já foram pagos 158 milhões desde quando aqui chegamos”, pontuou.
Segundo detalhamento apresentado na última semana à imprensa, o Vitória possui, até o momento, R$ 4,6 milhões de débitos com o Banco Central, dos quais R$ 1,6 milhão foram quitados.
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