Ligado a Manassés, líder da Série B do Baianão é acusado de manter adolescentes em trabalho análogo à escravidão; ex-deputado nega
Ao Aratu On, Manassés negou todas as acusações. De acordo com o ex-parlamentar, o clube nem possui centro de treinamento em Salvador
De propriedade do ex-deputado estadual Manassés (PP), o Jacobinense, líder da Série B do Campeonato Baiano, é acusado pela Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRT-BA) de manter cinco adolescentes em trabalho análodo à escravidão.
A informação foi divulgada na última terça-feira (14/6) pela autarquia da Justiça do Trabalho, que realizou no último domingo (12/6) operação numa suposta sede do clube, no bairro de Cajazeiras, em Salvador, onde os atletas realizavam treinamento. Auditores-fiscais da SRT estiveram no local para promover o resgate dos jovens.
No conteúdo enviado à imprensa, a superintendência afirma que os auditores "verificaram que as condições de alojamento dos jovens eram extremamente precárias". A autarquia diz que adolescentes sofriam com "cerceamento da liberdade de ir e vir, recebendo alimentação inadequada, além de ter sido verificada carga de treinamento intensa, com, inclusive, atuação em diversas competições".
A SRT informa ainda que o Jacobinense não cumpriu nenhum trecho da Lei Pelé, a exemplo da assinatura de contratos de atleta em formação, o pagamento de bolsa auxílio e a garantia à matrícula em unidade escolar. As parcelas de seguro desempregado devidas para casos dessa natureza estão sendo providenciadas para os adolescentes resgatados.
Além deste episódio, num trabalho decorrente de parceria com a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), ocorreu, em outra ocasião, a prisão temporária de um suposto técnico do Jacobinense, acusado de assédio sexual. O nome dele não foi divulgado, tampouco qual a categoria que ele treinava.
O OUTRO LADO
Ao Aratu On, Manassés negou todas as acusações. De acordo com o ex-parlamentar, o clube não possui centro de treinamento em Salvador. "Até agora estamos tentando entender isso. Jacobinense nunca treinou em Salvador, não temos categoria de base e não fomos autuados", se defendeu.
O dirigente classificou a situação como "surreal" e afirmou que a operação ocorreu num projeto que é apoiado pela sua Instituição Social Manassés, projeto tocado por ele e familiares.
"Eles vinculam um projeto social ao clube. Não somos responsáveis pelo ocorrido. São projetos sociais que doamos coletes e bolas. Aproveitaram da situação e querem nos culpar", rebateu.
Ele ainda afirma não se lembrar o nome do projeto.
Com 12 pontos disputados, o Jacobinense lidera a Segunda Divisão do estadual, que tem cinco jogos disputados até o momento.
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