Jogadores confessam participação em esquema fraudulento em jogos da série A: "Estava precisando da grana"
O crime tem pena de até seis anos de reclusão, mas, no caso dos jogadores, que confessaram a participação no esquema, o Ministério Público ofereceu um acordo de não persecução penal
Moraes, do Juventude, e Kevin Lomónaco, do Bragantino, assumiram que, de fato, manipularam três jogos da Série A do Brasileirão no ano passado. As informações são do Uol.
De acordo com o portal, Moraes disse que aceitou participar do esquema porque estava precisando de dinheiro. "Eu estava precisando da grana e acabei topando fazer. Minha esposa ficou brava comigo", disse o jogador.
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Além deles, outros dois jogadores disseram ao Ministério Público de Goiás que fizeram parte do concluio montado entre atletas e apostadores. O crime tem pena de até seis anos de reclusão, mas, no caso dos jogadores, que confessaram a participação no esquema, o Ministério Público ofereceu um acordo de não persecução penal. Eles se tornaram, então, testemunhas das investigações, e não foram processados.
"Ele falava que eu ia ganhar dinheiro rápido, que somente tinha que pegar cartão amarelo. Aceitei. Eu estava na concentração, um dia antes do jogo, acho. Ele seguia insistindo, mandando mensagem, dizendo: 'Vamos fechar, 'hermano', é dinheiro...'. Mas, eu fiz sem conhecimento algum que era um crime, algo assim. Fiz assim, normal, não perguntei nada para ninguém", disse o argentino Kevin Lomónaco.
Moraes contou que recebeu R$ 25 mil para forçar cartões amarelos em jogos contra o Palmeiras e Goiás. De acordo com ele, também foi feita uma proposta em uma partida contra o Ceará, mas ele não aceitou. Apesar disso, o valor R$ 20 mil foi depositado em sua conta, mas o jogador afirma ter devolvido o dinheiro.
"Eu sabia que era errado. Eu fiquei muito arrependido, mas foi um momento que realmente estava precisando, eu e minha esposa", confessou ele.
Em um jogo do Bragantino cotra o América-MG, Kevin aceitou receber R$ 70 mil para receber um cartão amarelo. Porém, os golpistas descumpriram o acordo e depositaram apenas R$ 30 mil na conta do atleta.
Ambos estão afastados dos times enquanto as investigações são correndo na Justiça.
Além deles, o Ministério Público de Goiás apontou a participação de outros jogadores na fraude. Eles são: Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (que atuou no Sergipe).
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