Esportes

Em crescimento de repasses ao COB, distribuição de renda às federações é irregular e desigual

Enquanto Hipismo e Esportes de Neve seguem com grandes valores repassados, Handebol amarga pior repasse entre as federações

Por Da Redação

Em crescimento de repasses ao COB, distribuição de renda às federações é irregular e desigualCréditos da foto: Divulgação/Handebol
Em meio aos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a agência SportsValue, especializada em marketing esportivo e avaliação de marcas, apresentou um levantamento do quanto de verba do Governo Federal foi repassada para as federações esportivas pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) em 2023. E dentre as entidades que têm maior repasse, modalidades restritas como Hipismo e Esportes na Neve recebem mais que esportes como Handebol, Tênis de Mesa e Remo.
Dentre as entidades, a que mais recebe é a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), com a quantia de  R$ 17,3 milhões em 2023 e um total de R$ 54,5 milhões nos últimos 5 anos. No segundo lugar fica Confederação Brasileira de Judô (CBJ), com R$ 16 milhões em 2023 e R$ 47,6 milhões em 5 anos. Em terceiro vem a Ginástica (R$ 14,9 milhões em 2023), seguido pelo Atletismo (11,4 milhões) e Boxe (11 milhões).
Vale destacar que para muitas federações, esta quantia é apenas uma parte de sua renda anual, que se junta aos investimentos privados e patrocinadores de cada modalidade. Exemplo disso é do próprio Vôlei, que tem neste repasse apenas 12% de suas receitas.
Entretanto, para muitas como Judô, Ginástica e Canoagem, a renda pública distribuida pelo COB é essencial ao seu funcionamento, equivalente em muitos casos de 70 a 90% da receita total da entidade.
Outro dado marcante é que existe investimento público muito maior para federações restritas à prática da elite - como hipismo e os esportes na neve e gelo - do que para esportes com maior prática entre os brasileiros. 
O Handebol, considerado um dos esportes mais praticados em colégios e clubes populares, recebeu apenas R$ 700 mil, enquanto os desportos no gelo ficaram com R$ 6,6 milhões, os desportos na neve com R$ 7,9 milhões e o hipismo com R$ 10,8 milhões. Em cinco anos, a diferença aumenta com o handebol recebendo R$ 8 milhões frente aos R$ 25 milhões dos esportes na neve.
Outro dado importante mostra que grande parte deste dinheiro tem sido investido no alto rendimento do que na formação de atletas. Somado a isso, a redução da prática de educação física nos colégios públicos também atrapalha e não ajuda a formação de base nos esportes brasileiros.
Vale destacar que os repasses públicos cresceram 150% em cinco anos, enquanto as receitas do COB também aumentaram no mesmo período. Entretanto, as despesas do Comitê com sua própria estrutura também sofreram alto custo neste mesmo período
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