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Baianos garantem três finais e um bronze do boxe para o Brasil no Pan

Os resultados foram definidos na manhã desta quinta-feira (26)

Por Juana Castro

Baianos garantem três finais e um bronze do boxe para o Brasil no PanTati Chagas | Crédito: Viviane Ferreira Miriam Jeske/COB

Os pugilistas baianos Bia Ferreira, Tatiana Chagas e Keno Marley já garantiram vagas nas finais das suas respectivas categorias do boxe, nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023. Os resultados foram definidos na manhã desta quinta-feira (26/10).


Com isso, Tatiana e Keno garantiram ainda a vaga olímpica para os Jogos de Paris 2024. Bia já havia conquistado a vaga ao se classificar para as semifinais.


O dia começou com a classificação de Keno Marley (92kg). Ele seria o último a lutar no primeiro bloco, mas, como o canadense Bryan Colwell não passou no exame médico por causa de um corte profundo no supercílio, acabou vencendo por w.o.


"Uma situação atípica, ganhei sem lutar, mas lutei muito para chegar aqui, treinei bastante. Estou feliz porque sei que, se não desse dessa forma, seria no ringue. Estou meio aéreo, parece que a classificação não chegou, ainda tentando me situar, mas amanhã (sexta-feira, 27) tem a final Pan-americana, é um título que eu quero muito, venho me preparando desde Lima 2019. Já tenho uma prata, mas agora quero o ouro”, disse Keno.


A primeira luta de verdade foi de Tatiana Chagas (54 kg), que enfrentou Denisse Vilches, do Chile, e a torcida da casa, que fez muito barulho. Ela começou bem, mas depois a chilena conseguiu uma sequência de golpes que chegou a derrubar o protetor bucal da brasileira. No segundo round, depois da vitória de Tati por 3 a 2 no primeiro, a chilena tentou ser mais incisiva nos ataques, mas Tatiana conseguiu controlar bem e, com golpes certeiros, venceu mais um round. No terceiro, a luta foi equilibrada e veio a vitória na decisão dos juízes (4 a 1).


"[A torcida contra] Mexeu um pouco, sim, isso deu mais gás a ela, que veio mais agressiva para cima de mim, mas sou brasileira, sou determinada, e fui na raça”, analisou. “Estou feliz, mas vou ficar mais feliz ainda quando eu conquistar uma medalha olímpica, esse é meu grande objetivo”, completou.


Logo na sequência foi a vez de Bia Ferreira (60 kg) superar Jajaira Gonzalez, dos Estados Unidos, e garantir a segunda final seguida de Jogos Pan-americanos. Apesar da maior envergadura da estado-unidense, Bia controlou a luta com golpes precisos. E ainda teve o apoio da torcida local, que respondeu aos gritos de "U. S. A" com "olê, olê, olê, olê, Brasil, Brasil".


“A gente sabia que ela ia usar os golpes retos, ia tentar encurtar para poder dar uma enrolada na luta caso ela estivesse em vantagem. Então, eu também queria utilizar os retos, mas também os golpes no corpo para fazer com que ela desse uma abaixada na adrenalina e não vir atacando com muito ímpeto. Consegui acertar uns belos ganchos nela. É a primeira vez que encontro essa adversária. Então, daqui para frente, acredito que eu terei mais facilidade de enfrentá-la, porque já vou saber como é", analisou Bia.


Bia Ferreira | Foto: Miriam Jeske/COB

MAIS RESULTADOS


A também baiana Viviane Pereira (75 kg) e Luiz Oliveira "Bolinha" perderam seus duelos, respectivamente, por Atheyna Bylon, do Panamá, e Jamal Harvey, dos Estados Unidos, e confirmaram a medalha de bronze.


"Já tinha lutado contra ela umas duas vezes, é uma adversária muito difícil de você entrar, ela é muito alta, braços muito longos, e isso me dificultou um pouco. Eu tentei traçar uma estratégia diferente, mas ela já foi campeã mundial, tem uma bagagem muito grande, e sei que um dia vou chegar lá também. Mas ano que vem tem o pré-olímpico e vou me classificar", disse Viviane.


*Com informações do Comitê Olímpico do Brasil (COB)

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