Copa 2023: Pioneira no futebol feminino africano, Zâmbia busca surpreender na Copa do Mundo
Copper Queens vem de bons resultados no futebol regional e querem marcar seu nome na Copa do Mundo
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Até o dia 20 de julho, Aratu On traz perfis especiais sobre todas as seleções que disputarão a Copa do Mundo de Futebol Feminino 2023, sediada nos países da Austrália e Nova Zelândia. Será uma equipe por dia, seguindo o ranking feminino da FIFA em ordem decrescente, com exceção do Brasil que será o último perfil. Confira aqui as publicações anteriores desse especial.
Estreante da Copa do Mundo de Futebol Feminino, a seleção da Zâmbia vem colhendo os frutos de um extenso histórico na modalidade. Uma das pioneiras deste esporte no cenário africano, as Rainhas de Cobre (Copper Queens) vem colecionando feitos regionais recentes e esperam surpreender no torneio que será disputado nos países da Austrália e Japão.
Origem difícil e conquistas recentes
Idealizada em um período em que a maioria dos países vizinhos proibia a prática ou simplesmente não incentivava o futebol feminino local, Zâmbia teve seu primeiro time nacional de mulheres organizado em 1982 pela própria federação local.
Mesmo assim, ainda demorou para que a equipe disputasse jogos oficiais contra outros países. A sua primeira partida aconteceu apenas em 1994, na disputa da Copa da África, e as She-polopolo sofreram duas goleadas, por 5 a 3 e 6 a 2, dando adeus precocemente ao torneio.
Daí em diante, as zambianas viveram um grande hiato até 2002, quando retornaram aos jogos com outras equipes nacionais na disputa da Copa COSAFA, torneio realizado entre nações do sul da África. Dentro deste cenário regional, as Rainhas do Cobre conseguiam resultados expressivos que as tornavam ranqueadas normalmente como a terceira força local.
Porém, tudo começou a mudar em 2019 e a projeção mundial chegou de forma inédita para o selecionado. Além do vice-campeonato da COSAFA, Zâmbia participou das eliminatórias para os Jogos Olímpicos de 2020 superando 25 equipes para ficar com o título e a vaga para o evento esportivo.
Entretanto, a sua história nas Olimpíadas de Tóquio ficou marcada por um expressivo resultado negativo na estreia, quando foram goleadas por 10 a 3 pela experiente Holanda. Porém, logo depois as africanas empataram em 4 a 4 com a experiente China e perderam por apenas 1 a 0 para o Brasil no encerramento da chave e de sua participação no torneio.
https://www.youtube.com/watch?v=VjjXu82prAA
A experiência nos Jogos Olímpicos deu mais motivação ao crescimento zambiano, que agora tinha na Copa da África 2022 a sua oportunidade de se classificar para o maior torneio da categoria, a Copa do Mundo.
Na busca por ficar entre as quatro melhores da competição, elas não desperdiçaram a oportunidade e fizeram história em sua quarta participação no torneio continental: Na primeira fase, ficaram a frente de Camarões, Tunísia e Togo dentro da chave, classificando-se sem problemas para as quartas de final. No mata-mata, que daria vaga ao Mundial para quem chegasse às semi, passaram por Senegal e fizeram a festa pelo importante resultado.
Ainda seguiram lutando pelo título africano, mas pararam na poderosa África do Sul e foram a decisão de terceiro lugar contra a Nigéria, dessa vez superando outra importante equipe da região e subindo ao pódio para alegria de todo o país.
https://www.youtube.com/watch?v=5uis1HwXK_Q&pp=ygUcemFtYmlhIGFmcmljYSBjdXAgMjAyMiB3b21lbg%3D%3D
Em 2023, denúncias das próprias atletas locais sobre casos de assédio na federação local abriram os olhos do mundo para um problema crônico que existe no esporte. A própria entidade prometeu abrir investigações sobre o caso, mas até o momento nenhuma resposta foi dada sobre os fatos. Com maior visibilidade e protagonismo, as zambianas chegam a Copa do Mundo não só querendo trazer o seu melhor futebol como também se tornarem porta-vozes no combate a violência contra a mulher.
Zâmbia na Copa do Mundo 2023
Presente no Grupo C, que será disputado na Nova Zelândia, Zâmbia tem um páreo duro na sua estreia pelo torneio mundial. Além das africanas, a chave conta com o Japão, campeãs em 2011, Espanha - equipe da melhor atleta do mundo da atualidade, Alexia Putellas - e Costa Rica. A sua estreia será no dia 22/7 contra as nipônicas no Waikato Stadium, em Hamilton. Depois, no dia 26/7, o embate será com a Fúria no Eden Park, em Auckland, e a última rodada será versus Las Ticas no dia 31/7 novamente em Hamilton.
Dentre as atletas da seleção, o destaque principal vai para a atacante Barbra Banda, com 22 gols. Banda é a referência do selecionado e vem de uma polêmica envolvendo a Confederação Africana de Futebol (CAF). Na disputa da última copa africana, a zambiana foi proibida de atuar no torneio por "questões de saúde", no qual a imprensa local atribuiu a não ser aprovada no "exame de gênero".
Barbra não participou da campanha que deu a vaga para sua equipe, mas está confirmada para a disputa da Copa do Mundo, assim como participou dos Jogos Olímpicos e foi vice-artilheira do torneio com seis gols. De família muito humilde, a atleta falou um pouco de sua origem e de como driblou a proibição de jogar futebol dos seus pais para seguir seu sonho de ser a melhor jogadora do mundo. Além dela, outros destaques são as zagueiras Margaret Belemu e Martha Tembo, além das atacantes Grace Chanda e Racheal Kundananji.
https://twitter.com/CAF_Online_PT/status/1264183320222609410?t=ROYWB4RzFRIYVK8q-pdr6g&s=35
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!
Estreante da Copa do Mundo de Futebol Feminino, a seleção da Zâmbia vem colhendo os frutos de um extenso histórico na modalidade. Uma das pioneiras deste esporte no cenário africano, as Rainhas de Cobre (Copper Queens) vem colecionando feitos regionais recentes e esperam surpreender no torneio que será disputado nos países da Austrália e Japão.
Origem difícil e conquistas recentes
Idealizada em um período em que a maioria dos países vizinhos proibia a prática ou simplesmente não incentivava o futebol feminino local, Zâmbia teve seu primeiro time nacional de mulheres organizado em 1982 pela própria federação local.
Mesmo assim, ainda demorou para que a equipe disputasse jogos oficiais contra outros países. A sua primeira partida aconteceu apenas em 1994, na disputa da Copa da África, e as She-polopolo sofreram duas goleadas, por 5 a 3 e 6 a 2, dando adeus precocemente ao torneio.
Daí em diante, as zambianas viveram um grande hiato até 2002, quando retornaram aos jogos com outras equipes nacionais na disputa da Copa COSAFA, torneio realizado entre nações do sul da África. Dentro deste cenário regional, as Rainhas do Cobre conseguiam resultados expressivos que as tornavam ranqueadas normalmente como a terceira força local.
Porém, tudo começou a mudar em 2019 e a projeção mundial chegou de forma inédita para o selecionado. Além do vice-campeonato da COSAFA, Zâmbia participou das eliminatórias para os Jogos Olímpicos de 2020 superando 25 equipes para ficar com o título e a vaga para o evento esportivo.
Entretanto, a sua história nas Olimpíadas de Tóquio ficou marcada por um expressivo resultado negativo na estreia, quando foram goleadas por 10 a 3 pela experiente Holanda. Porém, logo depois as africanas empataram em 4 a 4 com a experiente China e perderam por apenas 1 a 0 para o Brasil no encerramento da chave e de sua participação no torneio.
https://www.youtube.com/watch?v=VjjXu82prAA
A experiência nos Jogos Olímpicos deu mais motivação ao crescimento zambiano, que agora tinha na Copa da África 2022 a sua oportunidade de se classificar para o maior torneio da categoria, a Copa do Mundo.
Na busca por ficar entre as quatro melhores da competição, elas não desperdiçaram a oportunidade e fizeram história em sua quarta participação no torneio continental: Na primeira fase, ficaram a frente de Camarões, Tunísia e Togo dentro da chave, classificando-se sem problemas para as quartas de final. No mata-mata, que daria vaga ao Mundial para quem chegasse às semi, passaram por Senegal e fizeram a festa pelo importante resultado.
Ainda seguiram lutando pelo título africano, mas pararam na poderosa África do Sul e foram a decisão de terceiro lugar contra a Nigéria, dessa vez superando outra importante equipe da região e subindo ao pódio para alegria de todo o país.
https://www.youtube.com/watch?v=5uis1HwXK_Q&pp=ygUcemFtYmlhIGFmcmljYSBjdXAgMjAyMiB3b21lbg%3D%3D
Em 2023, denúncias das próprias atletas locais sobre casos de assédio na federação local abriram os olhos do mundo para um problema crônico que existe no esporte. A própria entidade prometeu abrir investigações sobre o caso, mas até o momento nenhuma resposta foi dada sobre os fatos. Com maior visibilidade e protagonismo, as zambianas chegam a Copa do Mundo não só querendo trazer o seu melhor futebol como também se tornarem porta-vozes no combate a violência contra a mulher.
Zâmbia na Copa do Mundo 2023
Presente no Grupo C, que será disputado na Nova Zelândia, Zâmbia tem um páreo duro na sua estreia pelo torneio mundial. Além das africanas, a chave conta com o Japão, campeãs em 2011, Espanha - equipe da melhor atleta do mundo da atualidade, Alexia Putellas - e Costa Rica. A sua estreia será no dia 22/7 contra as nipônicas no Waikato Stadium, em Hamilton. Depois, no dia 26/7, o embate será com a Fúria no Eden Park, em Auckland, e a última rodada será versus Las Ticas no dia 31/7 novamente em Hamilton.
Dentre as atletas da seleção, o destaque principal vai para a atacante Barbra Banda, com 22 gols. Banda é a referência do selecionado e vem de uma polêmica envolvendo a Confederação Africana de Futebol (CAF). Na disputa da última copa africana, a zambiana foi proibida de atuar no torneio por "questões de saúde", no qual a imprensa local atribuiu a não ser aprovada no "exame de gênero".
Barbra não participou da campanha que deu a vaga para sua equipe, mas está confirmada para a disputa da Copa do Mundo, assim como participou dos Jogos Olímpicos e foi vice-artilheira do torneio com seis gols. De família muito humilde, a atleta falou um pouco de sua origem e de como driblou a proibição de jogar futebol dos seus pais para seguir seu sonho de ser a melhor jogadora do mundo. Além dela, outros destaques são as zagueiras Margaret Belemu e Martha Tembo, além das atacantes Grace Chanda e Racheal Kundananji.
https://twitter.com/CAF_Online_PT/status/1264183320222609410?t=ROYWB4RzFRIYVK8q-pdr6g&s=35
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