Ex-Vitória, Victor Ramos é alvo de operação que apura manipulação de resultados no futebol
O jogador foi conduzido para depoimento e teve o celular apreendido para investigação, segundo a reportagem
Julliana Paulino/ACF
O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de Santa Catarina, cumpriu mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (18/4) na casa do zagueiro Victor Ramos, ex-jogador do Vitória que atualmente defende as cores da Chapecoense. Segundo o site ND Mais, ele é alvo de investigação da Operação Penalidade Máxima II, que investiga manipulação de resultados no futebol brasileiro.
O jogador foi conduzido para depoimento e teve o celular apreendido para investigação, segundo a reportagem.
Ao Aratu On, o empresário do atleta, Lucas Reis, afirmou que, por ora, Victor Ramos não irá se manifestar. Ele, contudo, diz acreditar na inocência do ex-defensor do Vitória. “Se trata de um amigo de muitos anos. Morei fora do país com ele, e tenho certeza que ele não tem nada a ver com isso. Eu, ele e a família dele repudiamos esse tipo de ação. Tenho certeza que ele não participa dessas coisas”, pontuou.
A Chapecoense afirmou, em nota, que confia na integridade profissional do atleta e que irá colaborar totalmente com as autoridades.
A operação força-tarefa busca provas de uma associação criminosa envolvida na manipulação, cujo objetivo seria viabilizar apostas em valores elevados. Para isso, alguns atletas receberiam parte dos ganhos, em caso de êxito. A estimativa é que cada suspeito recebeu cerca de entre R$ 50 mil e R$ 100 mil por aposta. Entre as práticas investigadas, está a aposta em pênaltis cometidos no primeiro tempo dos jogos.
Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de 6 estados, expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores.
Os mandados estão sendo cumpridos em Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).
Os Gaecos dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, o Cyber Gaeco do MP de São Paulo e do Centro de Inteligência do MP do Rio de Janeiro, além das polícias Militar, Civil e Penal de Goiás, dão apoio ao cumprimento das diligências.
Além do jogo entre Tombense e Criciúma, a investigação abrange ainda a atuação nos confrontos entre Vila Nova e Sport, e Sampaio Corrêa e Londrina. Na primeira fase, foram realizados mandados de busca e apreensão em Goiânia (GO), São João Del Rei (MG), Cuiabá (MT), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Porciúncula (RJ).
Aos 33 anos, Victor Ramos atuou pelo Vitória em três oportunidades: 2009, quando foi revelado, 2012 a 2013, e 2019. Ao todo, foram 172 partidas disputadas, com 10 gols marcados. Ele é tetracampeão baiano e participou da histórica campanha rubro-negra em 2013, quando o time ficou em quinto colocado no Campeonato Brasileiro.
CONFIRA A NOTA DA CHAPECOENSE NA ÍNTEGRA
"A Associação Chapecoense de Futebol vem a público a fim de reiterar o seu posicionamento totalmente contrário a qualquer tipo de situação que envolva a manipulação de resultados de jogos. O clube entende que tais condições são totalmente antidesportivas, ferindo os valores éticos e morais da modalidade.
A respeito da “Operação Penalidade Máxima” e do cumprimento do mandado relacionado à ela em Chapecó – envolvendo um jogador do clube – a agremiação alviverde reforça o seu apoio e, principalmente, a confiança na integridade profissional do atleta.
Por fim, tendo em vista as investigações, o clube destaca o seu compromisso em colaborar totalmente com as autoridades e oferecer todo o suporte e informações necessárias na apuração e esclarecimento do caso."
O jogador foi conduzido para depoimento e teve o celular apreendido para investigação, segundo a reportagem.
Ao Aratu On, o empresário do atleta, Lucas Reis, afirmou que, por ora, Victor Ramos não irá se manifestar. Ele, contudo, diz acreditar na inocência do ex-defensor do Vitória. “Se trata de um amigo de muitos anos. Morei fora do país com ele, e tenho certeza que ele não tem nada a ver com isso. Eu, ele e a família dele repudiamos esse tipo de ação. Tenho certeza que ele não participa dessas coisas”, pontuou.
A Chapecoense afirmou, em nota, que confia na integridade profissional do atleta e que irá colaborar totalmente com as autoridades.
A operação força-tarefa busca provas de uma associação criminosa envolvida na manipulação, cujo objetivo seria viabilizar apostas em valores elevados. Para isso, alguns atletas receberiam parte dos ganhos, em caso de êxito. A estimativa é que cada suspeito recebeu cerca de entre R$ 50 mil e R$ 100 mil por aposta. Entre as práticas investigadas, está a aposta em pênaltis cometidos no primeiro tempo dos jogos.
Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de 6 estados, expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores.
Os mandados estão sendo cumpridos em Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).
Os Gaecos dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, o Cyber Gaeco do MP de São Paulo e do Centro de Inteligência do MP do Rio de Janeiro, além das polícias Militar, Civil e Penal de Goiás, dão apoio ao cumprimento das diligências.
Além do jogo entre Tombense e Criciúma, a investigação abrange ainda a atuação nos confrontos entre Vila Nova e Sport, e Sampaio Corrêa e Londrina. Na primeira fase, foram realizados mandados de busca e apreensão em Goiânia (GO), São João Del Rei (MG), Cuiabá (MT), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Porciúncula (RJ).
Aos 33 anos, Victor Ramos atuou pelo Vitória em três oportunidades: 2009, quando foi revelado, 2012 a 2013, e 2019. Ao todo, foram 172 partidas disputadas, com 10 gols marcados. Ele é tetracampeão baiano e participou da histórica campanha rubro-negra em 2013, quando o time ficou em quinto colocado no Campeonato Brasileiro.
CONFIRA A NOTA DA CHAPECOENSE NA ÍNTEGRA
"A Associação Chapecoense de Futebol vem a público a fim de reiterar o seu posicionamento totalmente contrário a qualquer tipo de situação que envolva a manipulação de resultados de jogos. O clube entende que tais condições são totalmente antidesportivas, ferindo os valores éticos e morais da modalidade.
A respeito da “Operação Penalidade Máxima” e do cumprimento do mandado relacionado à ela em Chapecó – envolvendo um jogador do clube – a agremiação alviverde reforça o seu apoio e, principalmente, a confiança na integridade profissional do atleta.
Por fim, tendo em vista as investigações, o clube destaca o seu compromisso em colaborar totalmente com as autoridades e oferecer todo o suporte e informações necessárias na apuração e esclarecimento do caso."