Esportes

BOLA FORA: Veja os SETE motivos que fizeram deste o pior Campeonato Baiano dos últimos 17 anos

BOLA FORA: Veja os SETE motivos que fizeram deste o pior Campeonato Baiano dos últimos 17 anos

Por André Uzêda

BOLA FORA: Veja os SETE motivos que fizeram deste o pior Campeonato Baiano dos últimos 17 anos

Em 1999, há dezessete anos, portanto, o Campeonato Baiano registrou uma das edições mais tumultuadas de sua centenária história. Só para resumir, não houve final.


A partida decisiva seria no Barradão, mas, alegando falta de segurança, o Bahia conseguiu uma liminar para transferir a finalíssima para a Fonte Nova. O Vitória não aceitou e mandou o time para o local onde, por regulamento, a partida deveria acontecer.


Cada um foi para um estádio diferente e os times não definiram o título em campo. O quiprocó foi parar na justiça, que, apenas anos depois, achou por bem dividir troféu entre a dupla Ba-Vi.


O Baianão deste ano, com certeza, é o mais tumultuado desde aquela bagunça, de 17 anos atrás. Foram muitos fatos polêmicos e esculhambados que mostram o quanto esse torneio foi desorganizado e desrespeitoso com o torcedor.


atarde

Times de Bahia e Vitória perfilados antes do clássico Ba-Vi. Crédito: A Tarde


Nós, do Aratu Online, listamos SETE motivos para você crer nisso.


1- TIMES SEM TERRITÓRIO


O Vitória da Conquista, time de Vitória da Conquista, mandou seus jogos em Ilhéus. O Fluminense de Feira de Santana, time de Feira de Santana, recebeu os adversários em Salvador. E teve até a Juazeirense, que jogou o Campeonato Baiano — um torneio da Bahia — em Petrolina, cidade que pertence a Pernambuco.


Entendeu? Nós também não.


O fato é que alguns estádios estavam passando por reformas e outros não foram liberados a tempo. Por isso tantas distorções no Pernambucanão 2016… Ops, Baianão 2106.


Perdão!


Bahia


2- JOGO SEM MARCAÇÕES OFICIAIS


A primeira rodada do Campeonato Baiano de 2016 foi disputada desrespeitando uma regra sagrada do esporte: as dimensões oficiais do campo e das traves. No jogo em que o Bahia de Feira derrotou o Feirense por 2 a 0, em Senhor do Bonfim, o árbitro Florismar Costa de Jesus colocou na súmula que uma das balizas tinha largura e altura inferior ao exigido pela regra. Além do que, disse o juizão, o campo estava com dimensões inferiores às permitidas.


A reportagem do Aratu Online denunciou o problema com exclusividade.


Mesmo com o erro crasso, a partida não foi remarcada. A Federação Bahiana disse que notificaria a prefeitura da cidade, apenas.


E seguiu o baba.


traves


3- DESCULPA DA “CHUVA”


Pior do que o episódio da trave relatado acima foi a justificativa dada pelo presidente Ednaldo Rodrigues para o problema.  Segundo o mandatário máximo do futebol baiano, a chuva teria provocado o encolhimento da estrutura. Veja o que ele falou na ocasião em entrevista ao Aratu Online.


?Quando o laudo de liberação do estádio foi dado em dezembro, estava tudo ok! Porém, com a chuva que teve na região nos últimos dias, a estrutura da base da trave acabou cedendo e, por isso, a altura foi reduzida e saiu do padrão. A própria chuva causou a retirada das marcações (no gramado). Quando foram refeitas, saíram erradas. Nesse momento, é preciso ter bom senso. Não houve nada premeditado. Não vejo motivo para se pedir o anulamento da partida?, afirmou.


Êêêê chuva do cão…


chuva


4- VICTOR RAMOS E BAHIA NO TAPETÃO


Boa parte das notícias do campeonato não foram de futebol. Mas sim dos trâmites do tribunal desportivo. Após as quartas-de-final entre Vitória e Flamengo de Guanambi pipocaram denúncias de que o zagueiro Victor Ramos, do Leão, estaria irregular. Segundo esta corrente, ele teria sido inscrito fora do prazo para atletas de transferência internacional — pois seu contrato estaria atrelado ao Monterey, do México.


O Bahia foi ao tapetão para eliminar o Vitória. O Tribunal de Justiça da Bahia tentou arquivar o caso e a FBF apresentou um e-mail da Confederação Brasileira de Futebol avalizando a escalação do atleta. O e-mail terminava com palavras que mais pareciam de uma garota querendo dispensar seu paquera inconveniente: “Qq coisa me liga”.


Victor Ramos


 5- PRESIDENTE SÓCIO DO VITÓRIA


No auge da polêmica sobre Victor Ramos, o caso foi arquivado pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia (TJD-BA). O presidente do TJD-BA, Pedro Casali, manteve o parecer do procurador-geral, Ruy João. Dias depois descobriu-se que Casali era torcedor do Vitória. E mais que isso, sócio do clube.


Até fotos dele com a camisa do rubro-negro durante um jogo na Arena Fonte Nova foram espalhadas nas redes sociais. No entanto, Casali negou qualquer tipo de relação entre sua decisão e suas predileções clubísticas. “Não tem nada que demonstre nos autos qualquer tipo de parcialidade. Pelo contrário”, disse, na ocasião.


Ok, pode até ser. Mas que pegou mal, isso pegou.


Casali


6 – PM ADIA DECISÃO


Quando estava tudo certo para primeira a final do Campeonato Baiano entre a dupla Ba-Vi, eis que a Polícia Militar resolve adiar o confronto.


O jogo no Barradão deveria acontecer em 24 de abril, mas a PM enviou solicitação para adiar o duelo para 1º de maio — como de fato acabou ocorrendo. A justificativa é hilária. A PM disse que, por conta do feriado de Tiradentes (21 de abril),  não teria tempo hábil para dar as orientações necessárias aos policiais na organização do clássico. Sendo que este feriado cai todo ano na mesma data. Vai entender…


polícia


7 – INGRESSO EXTORSIVO 


Os ingressos da primeira final do Baiano foram vendidos a extorsivos R$ 80 (inteira) no Barradão. Um preço extremamente salgado, ainda mais em época de crise no país. Resultado disso, dos 35 mil lugares no estádio, apenas exatos 20.174 foram ocupados, de acordo com o próprio borderô fornecido pelo Vitória.


No jogo de volta, na Fonte Nova, há lugares com valores mais acessíveis, como o Super Norte, que cobra R$ 30 (inteira). Por outro lado, o Lounge Premium sai por R$ 140.


Vamos combinar, é muito dinheiro para muita desorganização e pouco futebol.


 dinheiro


Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Aratu On

O Aratu On é uma plataforma focada na produção de notícias e conteúdos, que falam da Bahia e dos baianos para o Brasil e resto do mundo.

Política, segurança pública, educação, cidadania, reportagens especiais, interior, entretenimento e cultura.
Aqui, tudo vira notícia e a notícia é no tempo presente, com a credibilidade do Grupo Aratu.

Siga-nos

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.