Bênção de joelhos: veja tradições esquecidas na Semana Santa

A Semana Santa é uma tradição religiosa cristã que celebra a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Ela se inicia no Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém e termina com a sua ressurreição, que ocorre no Domingo de Páscoa.

Neste período, uma série de costumes é vivenciada entre devotos e fiéis cristãos. Contudo, muitas entre as tradições cultuadas ao longo dos tempos, aos poucos começaram a ser menos lembradas, e, porque não dizer, esquecidas. 

O Aratu On reuniu oito entre algumas das principais práticas que, atualmente, ficaram menos usuais. Confira:

1. Tomar bênção de joelhos na Sexta-feira Santa

Na Sexta-feira Santa, as regras litúrgicas determinam que se deve venerar o crucifixo ajoelhado, em um gesto chamado genuflexão. Em muitas famílias, era costume pedir a bênção, dessa forma, aos pais, tios e padrinhos. Hoje, no entanto, quase não se vê isso acontecer.

2. Cobrir imagens religiosas com panos roxos

Uma prática comum nas igrejas e também nas casas devotas era a de cobrir imagens sacras com panos roxos. Elas eram cobertas na Sexta-feira Santa em sinal de luto pela morte de Cristo e para que a devoção dos fiéis estivesse fundamentada no Mistério Pascal de Cristo, ou seja, na Sua paixão, morte e ressurreição.

3. Silêncio e jejum rigoroso na Sexta-Feira Santa

Muitas famílias mantinham silêncio durante boa parte da Sexta-Feira santa, como forma de respeito e reflexão. O jejum era levado a sério: nada de carne, festas ou música alta.

4. Confissões em massa

Era comum as paróquias ficarem cheias com fiéis que queriam “limpar a alma” antes da Páscoa. Hoje em dia, a prática diminuiu bastante.

5. Lavagem dos pés na Quinta-feira Santa

A lavagem dos pés na Quinta-feira Santa é um ritual simbólico de humildade e serviço, lembrando Jesus lavando os pés dos discípulos. Ainda é feito em algumas igrejas, mas pouco lembrado fora dos templos religiosos.

6. Visitar sete igrejas na Quinta-Feira Santa

Conhecida como a “Caminhada das Sete Igrejas”, a tradição acontecia com a finalidade de adorar o Santíssimo Sacramento. Hoje, essa peregrinação é mais rara, principalmente nas cidades grandes.

7. Ouvir as "Sete Palavras de Jesus na Cruz"

Era comum ouvir nas rádios ou nas igrejas uma meditação sobre as sete últimas frases ditas por Jesus. Muitos usavam esse momento para refletir e se reconectar com a fé.

• "Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem";
• "Hoje estarás comigo no Paraíso";
• "Mulher, eis o teu filho! Eis tua mãe";
• "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?";
• "Tenho sede!";
• "Tudo está consumado";
• "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito".

Essas palavras condensam a vida de Jesus, revelando quem ele é e sua missão. São palavras que trazem um grande significado: o perdão, a conversão, o acolhimento, o abandono, o sofrimento, a fidelidade, e o compromisso.

8. Confecção de pequenas cruzes com palha de coqueiro

Antigamente, as crianças aprendiam com os mais velhos a trançar as palhas do Domingo de Ramos em forma de cruz. Era uma forma de envolver toda a família na simbologia da fé.

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