Desmontando a armadura: quem foi Jayme Figura, ícone da cultura e arte na Bahia
Por trás de uma indumentária irreverente, ele era, segundo Mattos, um grande artista do mundo. "Único que fazia performances, 24 horas por dia".
divulgação
Baianos e turistas que desejam conhecer as telas produzidas pelo artista plástico Jayme Figura têm a oportunidade de ver os trabalhos, que estão expostos no atelier do amigo e colega, Leonel Mattos, em Salvador.
Aos 64 anos, Figura morreu no último domingo (26/11), após passar mal e ser atendido em uma Unida de Pronto Atendimento (UPA), na capital baiana, onde não resistiu. Por trás de uma indumentária irreverente, ele era, segundo Mattos, um grande artista do mundo. "Único que fazia performances, 24 horas por dia".
Para o Grupo Aratu, Leonel informou que os dois estavam trabalhando juntos. "Postei duas telas dele e uma galeria importante de São Paulo que tem, inclusive, filial em Nova Iorque, se interessou pelas obras para fazer uma exposição", revelou.
Motta destacou que ele e Figura produziram alguns trabalhos, separadamente, que debatiam algumas temáticas, mostrando os diferentes olhares dos artistas. Para o colega, Jayme era uma figura extremamente profissional e dócil. "Ele dizia que não precisava se mostrar, bastava os seus trabalhos", pontuou.
A timidez de Jayme Figura , segundo Leonel, pode ter motivado sua atitude performática que o transformou em um ícone baiano. Mattos citou que a roupa incrementada pelo colega, surgiu por uma necessidade.
Inicialmente, segundo o amigo, ele começou a sair todo de preto, mas os cachorros começavam a latir e, para não se ferir com mordidas, passou a usar luvas. "Depois, motoristas começaram a jogar o carro pra cima dele, e ele botou umas coisas de alumínio nas pernas para se proteger", acrescentou.
De acordo com Mattos, foi quando colocou a máscara no rosto, que Figura ganhou mais força e autonomia. "A polícia começou a estranhar e abordar ele, até tomar conhecimento que não era um marginal, mas um grande artista!", ressaltou.
Jayme Figura tinha uma exposição agendada, em São Paulo, para acontecer no próximo ano. "Eu estava fazendo, em paralelo a essa produção, uns trabalhos de grande dimensão, pra a gente fazer uma futura mostra, eu e ele, dialogando as culturas", disse, lamentando a fatalidade que impediu o feito.
Leonel Mattos não concorda com a ideia de o amigo ser lembrado, apenas, pela sua irreverência e combate esse tipo de posicionamento, enaltecendo suas qualificações artísticas.
"Eu quero dizer que Jayme Figura não é uma figura folclórica, como aconteceu com a 'Mulher de Rôxo' [...] ele é um artista de primeira qualidade, de primeira linha, como Basquiat, por exemplo. Infelizmente, andava aqui na Bahia e com essas dificuldades todas que os artistas enfrentam [...] Mas agora eu não tenho dúvida que os trabalhos dele vão ser valorizados!", afirmou.
EXPOSIÇÃO
Aos interessados em conhecer alguns dos trabalhos de Jayme Figura, Mattos está abrindo o seu ateliê para visitação. O espaço conta com cerca de 20 telas do artista e está localizado na Rua Dr. Pedro Júlio Barbuda, nº 4, bairro da Saúde. Contudo, é necessário, antes, fazer o agendamento pelo telefone: 71 9961-7470.
LEIA MAIS: Operação Verão: governo anuncia investimento de R$ 27 milhões em segurança na Bahia
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Aos 64 anos, Figura morreu no último domingo (26/11), após passar mal e ser atendido em uma Unida de Pronto Atendimento (UPA), na capital baiana, onde não resistiu. Por trás de uma indumentária irreverente, ele era, segundo Mattos, um grande artista do mundo. "Único que fazia performances, 24 horas por dia".
Para o Grupo Aratu, Leonel informou que os dois estavam trabalhando juntos. "Postei duas telas dele e uma galeria importante de São Paulo que tem, inclusive, filial em Nova Iorque, se interessou pelas obras para fazer uma exposição", revelou.
Motta destacou que ele e Figura produziram alguns trabalhos, separadamente, que debatiam algumas temáticas, mostrando os diferentes olhares dos artistas. Para o colega, Jayme era uma figura extremamente profissional e dócil. "Ele dizia que não precisava se mostrar, bastava os seus trabalhos", pontuou.
A timidez de Jayme Figura , segundo Leonel, pode ter motivado sua atitude performática que o transformou em um ícone baiano. Mattos citou que a roupa incrementada pelo colega, surgiu por uma necessidade.
Inicialmente, segundo o amigo, ele começou a sair todo de preto, mas os cachorros começavam a latir e, para não se ferir com mordidas, passou a usar luvas. "Depois, motoristas começaram a jogar o carro pra cima dele, e ele botou umas coisas de alumínio nas pernas para se proteger", acrescentou.
De acordo com Mattos, foi quando colocou a máscara no rosto, que Figura ganhou mais força e autonomia. "A polícia começou a estranhar e abordar ele, até tomar conhecimento que não era um marginal, mas um grande artista!", ressaltou.
Leonel Mattos (instagram)
Jayme Figura tinha uma exposição agendada, em São Paulo, para acontecer no próximo ano. "Eu estava fazendo, em paralelo a essa produção, uns trabalhos de grande dimensão, pra a gente fazer uma futura mostra, eu e ele, dialogando as culturas", disse, lamentando a fatalidade que impediu o feito.
Leonel Mattos não concorda com a ideia de o amigo ser lembrado, apenas, pela sua irreverência e combate esse tipo de posicionamento, enaltecendo suas qualificações artísticas.
"Eu quero dizer que Jayme Figura não é uma figura folclórica, como aconteceu com a 'Mulher de Rôxo' [...] ele é um artista de primeira qualidade, de primeira linha, como Basquiat, por exemplo. Infelizmente, andava aqui na Bahia e com essas dificuldades todas que os artistas enfrentam [...] Mas agora eu não tenho dúvida que os trabalhos dele vão ser valorizados!", afirmou.
EXPOSIÇÃO
Aos interessados em conhecer alguns dos trabalhos de Jayme Figura, Mattos está abrindo o seu ateliê para visitação. O espaço conta com cerca de 20 telas do artista e está localizado na Rua Dr. Pedro Júlio Barbuda, nº 4, bairro da Saúde. Contudo, é necessário, antes, fazer o agendamento pelo telefone: 71 9961-7470.
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