UFRJ repudia fala de ex-professor sobre filha de Roberto Justus

Declaração de ex-professor da UFRJ foi feita após imagem da filha de Justus com bolsa de R$ 14 mil

Por Da Redação.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) repudiou publicamente uma declaração feita nas redes sociais pelo professor aposentado Marcos Dantas, que sugeriu o uso de guilhotina contra Vicky, filha de cinco anos do empresário Roberto Justus e da influenciadora Ana Paula Siebert. A polêmica começou após imagens da menina circularem na internet com uma bolsa de grife avaliada em R$ 14 mil.

Foto: reprodução/Instagram

Em nota oficial, a UFRJ informou que Marcos Dantas está aposentado desde 2022 e que suas manifestações não têm vínculo institucional. A instituição e a Escola de Comunicação (ECO), onde ele lecionava, ressaltaram que “repudiam qualquer tipo de expressão de pensamento que incite à violência ou agrida a terceiros”.

Reações contra a filha de Justus nas redes sociais

O caso ganhou repercussão a partir de uma publicação feita pela conta @PopOnze no X (antigo Twitter), na última sexta-feira (4), que repostou imagens da criança com a bolsa da marca Fendi. As imagens, originalmente divulgadas no Instagram de Ana Paula Siebert, geraram uma onda de comentários violentos.

Um internauta escreveu que “os bolcheviques estavam certos”, ao que Dantas respondeu: “Só guilhotina...”. Outros comentários mencionavam o discurso sobre desigualdade social. “Ricos podem gastar 14 mil reais numa bolsa para uma criança, mas não querem pagar imposto como os pobres”, escreveu um usuário. “O Brasil tem que mudar. Eu pago 45% de tudo que ganho em imposto para pessoas como o Justus não pagarem nem 5% do dele”, reclamou outro.

Família Justus denuncia discurso de ódio

No domingo (6), Roberto Justus e Ana Paula Siebert se pronunciaram por meio das redes sociais, condenando a violência das reações. Segundo eles, medidas jurídicas já foram tomadas contra usuários que “extrapolaram o bom senso”.

“As postagens mais agressivas incitavam e sugeriam a morte da nossa filha. Tem coisas que vão além do aceitável”, afirmou Ana Paula em vídeo no Instagram. “Se a gente começa a assinar embaixo que a internet é a terra de ninguém, que todo mundo pode falar o que quiser, não é assim que as coisas funcionam.”

Roberto Justus também reagiu: “Falaram que tinham que matar a nossa filha, na guilhotina. Matar a nossa família. Isso é inadmissível.”

Liberdade de expressão e limites na internet

A repercussão do caso reacende o debate sobre os limites da liberdade de expressão nas redes sociais e a urgência de proteger crianças contra discursos de ódio. Embora discussões sobre desigualdade social e ostentação sejam legítimas, especialistas alertam para os riscos da desumanização em ataques virtuais.

Por fim, a UFRJ encerrou seu posicionamento reiterando o compromisso com a ética, o respeito aos direitos humanos e a não tolerância a discursos de incitação à violência - especialmente quando envolvem menores de idade.

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