Raio-X: Saiba taxa de ocupação, rendimento e mais dados da economia baiana

Nova pesquisa do IBGE, evidencia queda na taxa de desocupação na Bahia e recuperação de setores da economia

Por João Tramm.

A Bahia apresentou avanços no mercado de trabalho no 2º trimestre de 2025, de acordo com dados divulgados pelo IBGE. A taxa de desocupação caiu para 9,1%, representando uma redução de 1,9 ponto percentual em relação tanto ao 1º trimestre de 2025, quando estava em 11,1%, quanto ao 2º trimestre de 2024, que registrou 11,0%.

O número de pessoas ocupadas também teve crescimento significativo. Entre o 2º trimestre de 2024 e o mesmo período de 2025, a população ocupada aumentou em 407 mil pessoas (6,7%), enquanto em comparação ao 1º trimestre de 2025 o crescimento foi de 214 mil pessoas (3,4%).

Raio-X: Veja taxa de ocupação, rendimento e outros dados da economia baiana; Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O nível de ocupação, que mede a proporção de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, passou de 50,2% no 2º trimestre de 2024 para 52,9% no 2º trimestre de 2025, um acréscimo de 2,7 pontos percentuais.

Em termos absolutos, o contingente de pessoas desocupadas diminuiu em 100 mil pessoas (-13,4%) em relação ao mesmo período do ano anterior e em 127 mil pessoas (-16,4%) em relação ao trimestre anterior.

A taxa de participação na força de trabalho, que indica a proporção de pessoas trabalhando ou procurando trabalho, subiu de 56,4% para 58,2% entre o 2º trimestre de 2024 e o 2º trimestre de 2025, um aumento de 1,8 ponto percentual.

A massa de rendimento real, soma dos rendimentos de todos os ocupados, passou de R$ 13.546 milhões no 2º trimestre de 2024 para R$ 13.944 milhões no 2º trimestre de 2025, um aumento de R$ 398 milhões (2,9%). Houve também crescimento em relação ao trimestre anterior, que registrou R$ 13.679 milhões.

Quanto à subutilização da força de trabalho, a taxa composta diminuiu 2,8 pontos percentuais entre o 2º trimestre de 2024 e o 2º trimestre de 2025. O número de pessoas desalentadas, que desistiram de procurar emprego, caiu em 72 mil pessoas (-13,6%) no mesmo período.

Apesar dos avanços, o rendimento médio mensal real habitual por pessoa ocupada permaneceu estável em R$ 2.199 no 2º trimestre de 2025, sem variação estatisticamente significativa em relação ao trimestre anterior (R$ 2.226) ou ao mesmo período de 2024 (R$ 2.284).

Indicador 2º Tri 2024 1º Tri 2025 2º Tri 2025 Variação Absoluta Variação Percentual Observação
Taxa de desocupação (%) 11,0 11,1 9,1 -1,9 p.p -17,3% (sobre 2º tri 2024) Queda expressiva no desemprego
População ocupada (pessoas) +407.000 (vs 2º tri 2024) +6,7% Crescimento robusto da população ocupada
  +214.000 (vs 1º tri 2025) +3,4% Crescimento trimestral
Nível de ocupação (%) 50,2 52,9 +2,7 p.p Maior proporção de pessoas ocupadas
Número de pessoas desocupadas (pessoas) -100.000 (vs 2º tri 2024) -13,4% Redução do contingente desocupado
  -127.000 (vs 1º tri 2025) -16,4% Redução no trimestre
Taxa de participação na força de trabalho (%) 56,4 58,2 +1,8 p.p Mais pessoas trabalhando ou procurando trabalho
Massa de rendimento real (R$ milhões) 13.546 13.679 13.944 +398 (vs 2º tri 2024) +2,9% Aumento da soma dos rendimentos
Taxa composta de subutilização da força de trabalho (%) -2,8 p.p Melhor desempenho da força de trabalho
Pessoas desalentadas (pessoas) -72.000 -13,6% Diminuição de pessoas que desistiram de procurar emprego
Rendimento médio mensal real habitual (R$) 2.284 2.226 2.199 Mantido estável, sem variação estatisticamente significativa

Setores que puxaram queda na desocupação na Bahia

Entre os setores que puxaram a alta, a indústria geral registrou um crescimento de 116 mil pessoas (24,2%), enquanto o comércio e reparação de veículos e motocicletas aumentou em 126 mil ocupados (11,2%). O grupo de trabalhadores por conta própria cresceu 236 mil pessoas (15,2%), com destaque para os sem CNPJ, que somaram 263 mil novos trabalhadores (20,3%).

Outros destaques incluem os serviços domésticos, que avançaram 70 mil pessoas (19,7%), especialmente trabalhadores sem carteira, e os empregados com carteira no setor privado, que aumentaram em 79 mil ocupados (4,7%). No setor público, com carteira assinada, houve um crescimento expressivo de 36 mil pessoas (49,1%).

Apesar do cenário positivo, alguns setores registraram queda ou estabilidade. Entre eles estão os empregadores com CNPJ, que caíram 12 mil (-7,1%) na comparação anual; o transporte, armazenagem e correio, com redução de 11 mil (-3,6%); e alojamento e alimentação, que recuou 15 mil (-3,8%) no trimestre.

Salvador também apresenta avanços

Salvador teve a maior queda anual na taxa de desemprego entre as capitais do Brasil. É o que aponta Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (15/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, a capital apresentou, no segundo trimestre de 2025, taxa de 8,5%, o menor índice da série histórica, iniciada em 2012. A queda foi de 6,6 pontos percentuais, em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a capital baiana era a líder nacional em taxa de desemprego, com 15,1%. 

Nacional: Cresce a desocupação entre pretos e pardos a média

Em sua pesquisa, o IBGE revela ainda a persistência das desigualdades no mercado de trabalho brasileiro no segundo semestre de 2025. A taxa de desocupação geral de 7,0% esconde uma realidade desafiadora para a população preta e parda, que continua a enfrentar barreiras significativas na busca por emprego.

Segundo a pesquisa, os dados por cor ou raça mostram uma discrepância notável na taxa nacional. A desocupação para pessoas brancas foi de 4,8%, significativamente abaixo da média nacional.

Por outro lado, para pretos e pardos, os números foram de 7,0% e 6,4%, respectivamente, indicando que o crescimento do desemprego afeta de forma desproporcional esses grupos.

Foto: Marcello Casal Jr. /Agência Brasil

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