IBGE: Veja setores que puxaram queda na desocupação na Bahia
Indústria, comércio e trabalhadores por conta própria lideram crescimento da ocupação, enquanto transporte e alojamento apresentam retrações pontuais
Por João Tramm.
A Bahia apresentou sinais de recuperação no mercado de trabalho, segundo os dados do IBGE referentes ao 2º trimestre de 2025. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (1%), apontam que a população ocupada cresceu de forma generalizada, com destaque para setores estratégicos da economia. Veja dados por setor da economia a partir da tabela a seguir:
Setor / Categoria | Variação Absoluta (pessoas) | Variação Percentual | Observação |
---|---|---|---|
Indústria Geral | +116.000 | +24,2% | Crescimento expressivo na população ocupada |
Comércio, reparação de veículos e motocicletas | +126.000 | +11,2% | Forte aumento na ocupação |
Trabalhador Conta Própria (total) | +236.000 | +15,2% | Destaque para trabalhadores sem CNPJ (+263.000 / +20,3%) |
Serviços Domésticos | +70.000 | +19,7% | Trabalho sem carteira (+61.000 / +20,7%) |
Empregados com carteira – Setor Privado | +79.000 | +4,7% | Crescimento moderado |
Setor Público (com carteira) | +36.000 | +49,1% | Entre 1º e 2º tri de 2025 |
Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais | +31.000 | +2,7% | Crescimento constante |
Outros serviços | +8.000 | +2,7% | Leve crescimento |
Crescimento por setor
Entre os setores que puxaram a alta, a indústria geral registrou um crescimento de 116 mil pessoas (24,2%), enquanto o comércio e reparação de veículos e motocicletas aumentou em 126 mil ocupados (11,2%). O grupo de trabalhadores por conta própria cresceu 236 mil pessoas (15,2%), com destaque para os sem CNPJ, que somaram 263 mil novos trabalhadores (20,3%).
Outros destaques incluem os serviços domésticos, que avançaram 70 mil pessoas (19,7%), especialmente trabalhadores sem carteira, e os empregados com carteira no setor privado, que aumentaram em 79 mil ocupados (4,7%). No setor público, com carteira assinada, houve um crescimento expressivo de 36 mil pessoas (49,1%).
Setores com pior desempenho
Apesar do cenário positivo, alguns setores registraram queda ou estabilidade. Entre eles estão os empregadores com CNPJ, que caíram 12 mil (-7,1%) na comparação anual; o transporte, armazenagem e correio, com redução de 11 mil (-3,6%); e alojamento e alimentação, que recuou 15 mil (-3,8%) no trimestre.
Setores de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas também apresentaram ligeira retração trimestral de 22 mil pessoas (-3,8%), mas permaneceram estáveis na comparação anual.
Setor / Categoria em queda ou estabilidade | Variação Absoluta (pessoas) | Variação Percentual | Observação |
---|---|---|---|
Empregador com CNPJ | -12.000 | -7,1% | Apesar do aumento no trimestre anterior (+17.000 / +11,9%) |
Transporte, Armazenagem e Correio | -11.000 | -3,6% | Recuo na população ocupada |
Alojamento e Alimentação | -15.000 | -3,8% | Estável na comparação anual, mas recuo trimestral |
Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas | -22.000 | -3,8% | Estável na comparação anual, mas recuo no trimestre |
Salvador também apresenta queda
Salvador teve a maior queda anual na taxa de desemprego entre as capitais do Brasil. É o que aponta Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (15/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, a capital apresentou, no segundo trimestre de 2025, taxa de 8,5%, o menor índice da série histórica, iniciada em 2012. A queda foi de 6,6 pontos percentuais, em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a capital baiana era a líder nacional em taxa de desemprego, com 15,1%.
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