Como será a Bahia em 2050? Gestores estaduais revelam planejamento
Pensar a Bahia de 2050 envolve a atualização de etapas em projeto do governo
Por Da Redação.
A Bahia é rica em diferentes setores da sociedade, a exemplo do meio ambiente e indústria. Diante deste cenário, gestores desenvolvem um plano de que visa projetar o futuro do Estado até 2050.
O titular da Superintendência de Planejamento Estratégico da Secretaria do Planejamento (Seplan), Cláudio Peixoto, explica que existe a participação de todas as áreas da pasta no projeto, que é conhecido como Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI).
Quando foi lançada, em 2018, a iniciativa 'pensava' a Bahia de 2035. No entanto, em momento marcado por mudanças globais — geopolíticas, macroeconômicas, demográficas e ambientais — Peixoto afirma que foi necessária uma atualização para o cenário que será encontrado por aqui em 2050. O secretário estadual do Planejamento ainda reforça que o plano de longo prazo orienta os principais instrumentos do ciclo de planejamento: o PPA, a LDO e a LOA.
“Este é um marco importante. O projeto não começa hoje. O PDI Bahia 2035 já serviu de base para a elaboração dos dois últimos Planos Plurianuais. O momento, porém, é diferente. Vivemos mudanças globais intensas [geopolíticas, macroeconômicas, demográficas e ambientais] e, agora, o planejamento de longo prazo ocupa o centro da agenda nacional, com a Estratégia Brasil 2050, lançada pelo Governo Federal”, afirmou o secretário.
O Plano de Desenvolvimento Integrado foi desenvolvido em parceria com o Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), explica o superintendente de Planejamento, Ranieri Muricy.
Como é pensada a Bahia de 2050?
Muricy detalha que o plano de desenvolvimento precisa considerar os movimentos em curso no mundo, no país, no Nordeste e na Bahia.
“Nessa trajetória, vimos tendências se enfraquecerem, outras se fortalecerem e novas surgirem. Isso nos impôs a necessidade de atualizar o plano. Pensar 2050 é dizer que o futuro está sendo disputado. Alguém tem dúvida de que a água, o meio ambiente e o desenvolvimento industrial estão em disputa? Quem tiver um diagnóstico sólido e clareza do que quer fazer terá melhores condições de avançar”, destacou.
Pensar a Bahia de 2050 envolve a atualização de etapas, segundo a gerente do projeto pela Macroplan, Isabela Tramansoli. Ela explica que um trabalho de diagnóstico e prospecção de cenários realizado em 2023 oferece insumos valiosos para o novo ciclo de planejamento.
“A proposta é atualizar, reestruturar e complementar o PDI, projetando-o até 2050 e alinhando suas estratégias de longo prazo aos novos cenários econômicos, sociais e ambientais, sempre com foco no desenvolvimento sustentável e integrado da Bahia. Para isso, seguimos quatro premissas: o plano precisa ser estrategicamente relevante, diverso e representativo, baseado em evidências e transparente”, explicou.
O futuro da Bahia
Os gestores estudais acrescentam que o processo de atualização prevê a definição da visão de futuro — o cenário desejado para a Bahia em 2050 —, a formulação de objetivos estratégicos e a definição de indicadores com metas. Ao final, o Estado terá uma carteira estruturada de projetos estratégicos e garantirá a integração entre o PDI e o PPA, alinhando objetivos, metas e projetos.
Diante dos caminhos que fazem parte do planejamento, a expectativa é iniciar, a partir de abril, a mobilização de diversos setores da sociedade baiana, envolvendo o poder público, representantes dos setores econômicos e sociais e as universidades.
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