Afogamentos nas praias de Salvador registram queda de 63%
Apesar da queda de afogamento nas praias de Salvador, Salvamar alerta para cuidados com aumento de banhistas a partir de setembro
Por Da redação.
O número de casos de afogamento nas praias de Salvador teve uma redução de 63,34% em 2025, em comparação ao mesmo período de 2024. Conforme dados da Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar), foram contabilizados 235 incidentes entre janeiro e 15 de agosto deste ano, contra 641 registrados no ano anterior.
Apesar da diminuição, o órgão reforça a necessidade de atenção redobrada a partir de setembro, quando há aumento no fluxo de banhistas. As áreas de Jardim de Alah, Stella Maris e Farol de Itapuã são apontadas como as mais perigosas.
Entre janeiro e agosto, as equipes da Salvamar realizaram cerca de 37 mil ações preventivas, ministraram 65 palestras e distribuíram 1.240 pulseiras de identificação para crianças. Mesmo com essas medidas, três menores se afastaram dos responsáveis durante os passeios.
O órgão recomenda evitar o banho de mar após períodos de chuva intensa, durante frentes frias ou em dias de temporal, quando o mar se torna mais agitado, aumentando o risco de acidentes.
Caravelas
No inverno, a Salvamar ainda reforça o alerta para casos de queimadura com caravelas. Isso se dá pelo aumento no número de caravelas, as conhecidas águas-vivas, na faixa litorânea do município.
Neste período, os salva-vidas reforçam a sinalização, com as bandeiras roxas que indicam a presença de área de animais marinhos nas praias, além das bandeiras vermelhas, informando sobre o perigo do banho de mar, conforme determina o modelo nacional da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa).
A coordenadoria informa que as caravelas se alojam e vivem na interface entre o ar e o mar, porém, elas não possuem nadadeiras, apenas são arrastadas pelos ventos e correntes.
640 pessoas se afogam por dia
Um estudo de viabilidade feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que 236 mil pessoas morreram afogadas em 2019, o que equivale a 640 ocorrências por dia. Os dados foram divulgados no final de julho e a estimativa realizada pela entidade indica ainda que 26 crianças se afogam por hora, no planeta.
Em Salvador, neste ano, já foram registrados 532 afogamentos no trecho entre o Jardim de Alah, em Salvador, e Ipitanga, em Lauro de Freitas, na região metropolitana. Desses, três foram fatais.
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