Medo de ser feliz tem nome: saiba mais sobre a "querofobia"
Quem possui esse medo/fobia apresenta sintomas parecidos com a síndrome do pânico, desde suor excessivo, taquicardia e até formigamento no corpo
Das várias fobias que afligem a humanidade, os medos de altura, aranhas e lugares fechados estão entre os mais comuns. Há também casos em que algumas pessoas desenvolvem medo de palhaços, buracos e até mesmo fobias relacionadas ao toque e à interação social. Acredite se quiser, mas existe também um medo em ser feliz, a chamada “Querofobia”.
A querofobia é o medo irracional de sentir alegria ou felicidade. Em entrevista para o programa Nacional Jovem, a psicanalista Andrea Ladislau explicou sobre o tema. “É muito parecido com síndrome do pânico. A pessoa se sente profundamente afetada no seu dia a dia, dificulta as próprias relações e sente um medo muito grande, medo de tudo", conta a especialista. Ela acrescenta ainda que dentro os sintomas estão suor excessivo, taquicardia, mãos trêmulas e também formigamento no corpo.
De acordo ainda com a psicanalista, a pessoa com esse quadro consegue se sentir feliz e tem essa consciência, mas, acaba por iniciar um processo de autossabotagem, a ponto de achar que tudo vai dar errado ou mesmo que não é merecedor desse sentimento. “Ela acredita que aquele momento é passageiro, que a felicidade e a alegria não existem, o que faz com que muitas pessoas sejam depressivas”, diz ela.
A causa para o desenvolvimento do transtorno, normalmente, é algum trauma vivenciado ou experimentado ao longo da vida. "Provavelmente, em algum momento da vida dessa pessoa, ela pode ter vivenciado uma situação extremamente feliz, extremamente alegre, mas, que logo em seguida, houve uma tragédia, um acaso muito negativo, que transformou esse momento no inconsciente dela e fez com que ela ficasse fixa na ideia de que nada de positivo é para sempre”, revela.
Ladislau traz ainda como tratar a querofobia: “A forma é trabalhar as causas da fobia. É a terapia, para fazer uma investigação e descobrir em que momento essa pessoa ficou presa, para que se consiga quebrar esse padrão. Fazer ela se sentir empoderada, mais forte, elevar a autoestima, fazer com que ela viva o momento presente de uma maneira sem medos e pânico e consiga, cada vez mais, olhar para a frente.”
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