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Manter vínculos entre os estudantes durante a pandemia é importante, ressaltam educadores

"Ninguém ensina ou aprende bem quando não se sente visto, acolhido e ouvido”, diz psicóloga

Por Da Redação

Manter vínculos entre os estudantes durante a pandemia é importante, ressaltam educadoresEduca Mais Brasil

Hoje, 15 de março, é comemorado em todo Brasil o Dia da Escola. Na escola, os estudantes aprendem muito mais do que ler ou escrever. É neste ambiente de aprendizagem que muitos ganham os primeiros amigos, estreitam laços que os acompanham durante longos períodos.


Durante a pandemia, as escolas precisaram ser fechadas e as aulas se tornaram remotas. Por isso, os educadores ressaltam a importância de manter os vínculos com os estudantes. 


Tratando-se especificamente da primeira infância, a escola tem o papel de desenvolver as funções cognitivas e o lúdico. Assim, a importância de brincar, tocar, abraçar e compartilhar são ações ensinadas desde cedo, mas que por questões de segurança precisaram ser suspensas temporariamente em razão da prevenção à Covid-19. 


De acordo com a diretora do Colégio Essere, Priscila Raso, a volta às aulas para a turma da educação infantil deverá ser diferente dos ensinos fundamental e médio e das faculdades, em que os alunos retomam as matérias. Segundo a diretora, o retorno para a educação infantil é delicado porque envolve o emocional das crianças, por isso este público ainda precisa manter as atividades em casa por mais tempo. Contudo, ela alerta para a importância de manter o vínculo escolar, pois o distanciamento da escola, de forma repentina, causa prejuízo para o desenvolvimento infantil.


Para a educadora, o desafio para os profissionais da educação que lidam com o público infantil vai ser trabalhar a questão emocional na volta às aulas. Por isso, manter o vínculo da criança com a escola durante o isolamento social é importante. “Esse período mexeu muito com a saúde mental das crianças. Teve muita mãe que ligou perguntando o que fazer”, pontua.


psicóloga e consultora pedagógica do Laboratório Inteligência de Vida, Juliana Hampshire, explicou ao site Porvir que “o momento que estamos enfrentando hoje tem exigido muito dos educadores, dos estudantes e das famílias. Estamos iniciando um ano letivo com algumas marcas do que foi 2020, entendendo e reforçando protocolos de segurança. Ninguém ensina ou aprende bem quando não se sente visto, acolhido e ouvido”. A especialista reforça a tese de que criar e fortalecer vínculos entre educadores e estudantes é um desafio necessário, pois é também o caminho possível para que ensino e aprendizagem possam acontecer.


PRIMEIRA


Historiadores atribuem aos padres jesuítas a origem das escolas no território nacional, quando em meados de 1549 chegaram ao Brasil com a Companhia de Jesus, comandada pelo padre Manuel da Nóbrega, com o objetivo de difundir a fé católica por meio da catequização dos índios.


Os padres ensinavam escrita, leitura, matemática e a doutrina religiosa. Porém, os jesuítas foram expulsos das terras brasileiras em 1759, quando posteriormente instituiu-se o ensino laico. Desse modo, as igrejas deixaram de ser responsáveis pelo ensino, mas a religião continuou sendo ensinada nas aulas.


No Brasil, registros apontam que o primeiro professor oficial foi o padre jesuíta José de Anchieta. Ela utilizava uma pequena sala para celebrar missas e lecionar em Salvador (BA). No entanto, a origem da docência vem de milhares de anos atrás, na Grécia Clássica, e os filósofos gregos são considerados os primeiros professores.


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