Nesta terça-feira (25/4), comemora-se o dia do DNA, tema que faz parte do nosso dia a dia e desperta a curiosidade de muitos. O DNA é constituído de ácido desoxirribonucleico e é o responsável por armazenar toda a nossa informação genética e transferir as informações para nossos descendentes. É o responsável pela transmissão de características, como cor da pele, dos olhos, do cabelo, entre outros, além de conter genes relacionados a determinadas doenças.
Para a geneticista e bióloga molecular Susana Massarani, ainda há muita desinformação em relação ao DNA, o que gera um medo excessivo e a crença de que é ele que dita a nossa vida sozinho. Mas, pode respirar sem medo: são necessárias inúmeras condições ambientais, estilo de vida e principalmente a alimentação para que ele seja expressado.
“É muito comum encontrarmos pessoas que acreditam veementemente que o DNA é o responsável por tudo em suas vidas, o que, em parte, é verdade. No entanto, existem uma série de variáveis que também influenciam nas nossas características físicas, no desenvolvimento de doenças, entre outros. Há, sim, genes cujas alterações irão causar doenças e ponto, mas, mesmo nesses casos, com o conhecimento de vários outros genes do paciente, conseguimos melhorar sua qualidade de vida e até aumentar sua longevidade. Há doenças que podemos controlar e também postergar. Outras, não tem jeito, mas são mais raras”.
Ela continuou: “Ele é importantíssimo para entendermos melhor o funcionamento do nosso corpo e quais cuidados devemos ter para evitar certas situações ou estimular características positivas, mas, para isso, é importante que haja mais conhecimento sobre o DNA”.
Essa posição é reforçada pelo Pós PhD em neurociências, biólogo e aluno de genômica de Susana, Fabiano de Abreu Agrela, que ressalta a importância do DNA para dar um bom direcionamento às escolhas de cada pessoa em relação à sua saúde.
“Você não é os seus genes, você é os seus genes expressos com base nos seus hábitos, como educação, alimentação, entre todas as nuances ao longo da vida, o que comprova a necessidade de uma melhor criação desde a gestação. Muitas vezes, os dados genéticos podem assustar, como probabilidade maior de um câncer específico, mas isso não quer dizer que a pessoa, necessariamente, terá a condição. Mas, funciona como alerta para prevenção, já que tem tendências aumentadas”.
“Quanto mais se conhece de genômica, quanto mais se conhece sobre o DNA e suas vertentes, mais esclarecidos ficamos para diferenciarmos as possibilidades de muitas certezas sobre saber diferenciar as probabilidades das possibilidades” reforçou Fabiano.
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