VAI DE PULSEIRINHA: Identificação de crianças pode evitar que a festa vire um pesadelo
VAI DE PULSEIRINHA: Identificação de crianças pode evitar que a festa vire um pesadelo
Carnaval é sinônimo de diversão para pessoas de todas as idades. Não muito diferente dos adultos, crianças e adolescentes aproveitam a folia para dançar e se divertir nos blocos de rua. Fantasias, confete, serpentina, espuma e pistolas de água são alguns dos acessórios que fazem parte da brincadeira dos pequenos foliões na avenida.
Porém, em meio a tanta alegria, os pais devem estar alertas e tomar algumas precauções para garantir que não haja nenhum transtorno durante a festa, como a perda da criança. Para isso, o trabalho de identificação dos menores nas entradas principais dos circuitos oficiais do carnaval é de grande importância para evitar esse tipo de situação.
A pequena Helena desde os três anos vai curtir o carnaval na Avenida, seguindo a tradição dos pais que, também desde a infância, eram levados pelos familiares para aproveitar a folia de momo. É o que conta o seu pai, Bruno Soares, 37. “Nós estamos repetindo com a nossa filha o que nossos pais fizeram conosco para ela vivenciar a tradição da nossa Bahia. Mesmo com a identificação, sempre ficamos atentos, segurando ela, evitando estar em locais com muito tumulto e voltando para casa quando passar do horário dela estar na rua”.
Helena vai curtir o carnaval com os pais identificada com a pulseira. Foto: Aratu Online
O processo de identificação é feito nas entradas principais dos circuitos, após a revista dos adultos – ao perceberem que os foliões estão acompanhados de crianças – a PM direciona eles para outra fila, para que guardas municipais preencham a pulseira com os dados da criança e número de contato de um adulto. Segundo o Guarda Municipal Ricardo Dantas da Coordenadoria de Prevenção à Violência (Ceprev), responsável pela distribuição das pulseiras, o trabalho de prevenção é integrado para todos os grupos de risco de vulnerabilidade.
“Há cinco anos, a média de crianças perdidas durante os oito dias de festa era em torno de 500. Hoje em dia, as estatística giram em torno de um número menor que 100. O trabalho com as pulseiras evita que as crianças vão para o Conselho Tutelar, saindo da tutela dos pais para ir para tutela do Estado, e ajuda principalmente também no trabalho de conscientização de que criança é responsabilidade e precisa ser tratada com seriedade”, pontua Ricardo.
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DE PAI/MÃE PRA FILHOS
Há duas gerações levando suas crianças para as ruas durante o carnaval, o vendedor Marcos Gomes acredita que a programação infantil na festa deveria ser maior, já que os menores na avenida levam a paz para a festa. Sempre preocupado com os filhos e neto, ele procura uma sombra no meio do circuito para fugir do sol e capricha na hidratação e protetor solar na rua.
Outra família que segue a risca a tradição de levar os pequenos para a folia de momo é a da pedagoga Ana Paula Santos. Sua filha, de três anos, há dois participa do carnaval. “Trago para ela se distrair um pouco, já que esse é o único horário na programação dedicada para as crianças. É também uma forma dela ter contato com a cultura popular. Fico sempre de olho e trago uns equipamentos para proteger ela do sol”, justifica.
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