DEBAIXO DA ASA: Ambulantes não confiam em deixar filhos nos abrigos da prefeitura
DEBAIXO DA ASA: Ambulantes não confiam em deixar filhos nos abrigos da prefeitura
Em todos os dias e circuitos do Carnaval foi possível ver crianças trabalhando com os pais ambulantes durante a folia. Na Barra, os comerciantes ocupam uma parte significativa da avenida. E, para garantir o espaço de trabalho, é muito comum que o serviço seja feito pela família inteira.
É o caso do ambulante Luís Carlos, que foi para o circuito Dodô (Barra-Ondina) com a mulher e a filha Maria Fernanda, de 11 anos. “Trouxe todo mundo. A gente aumenta nossa renda e cada um ajuda de uma forma. Até ela [Maria Fernanda]”, contou.
Questionado sobre a possibilidade de deixar a filha em um dos Centros de Convivência Temporária disponibilizados pela prefeitura, Luís diz que só se sente despreocupado com a filha do lado. “Eu não confio, prefiro aqui perto de mim. Só eu pra ficar de olho”. De acordo com o trabalhador, a desconfiança vem do fato de não saber como as crianças são tratadas. “Eu não estou vendo, não sei quem está lá cuidando dela, então é melhor vir comigo. Ela até gosta de ficar aqui”, explicou.
Os centros de convivência estão localizados no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) do Calabar, que fica na Rua Maria Pinho, no Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Ciac), no Alto de Ondina, e no Colégio Estadual Teixeira de Freitas, no bairro de Nazaré, além do Colégio Estadual Senhor do Bonfim, nos Barris. Cada abrigo tem capacidade para receber de 70 a 80 crianças, que são supervisionadas, participam de atividades recreativas e recebem seis refeições por dia. Durante os cinco dias de festa, o abrigo acolheu mais de 200 crianças.
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