Personalidades lamentam morte de sambista Claudete Macêdo
Ela também foi cantora de rádio e ficou conhecida com a música "Flor de Laranjeira", além de ter sido uma das figuras mais importantes do Centro Histórico de Salvador
A morte da cantora, compositora e sambista Claudete Macêdo, na noite de sexta-feira (27/1), aos 89 anos, rendeu homenagens de diversas personalidades.
O produtor e diretor artístico Andrezão Simões lamentou a morte da artista. “Dona de uma voz e de uma interpretação retumbantes. Espalhou seu DNArte em família. Nossos sentimentos à ela, aos admiradores e a quem teve oportunidade de conviver com este eu artístico único, com a pessoa, com a mulher sagrada e que marcou o samba, ou melhor: os sambas da Bahia, no plural que merece”, disse.
“Meus sentimentos à família. A Bahia perde mais uma voz, disse a jornalista Wanda Chase, nas redes sociais.
Claudete começou a carreira cantando em alto-falantes em bairros da capital baiana. Ela também foi cantora de rádio e ficou conhecida com a música "Flor de Laranjeira", além de ter sido uma das figuras mais importantes do Centro Histórico de Salvador.
O jornalista e escritor Carlos Leal, escrevia a biografia de Claudete e estava em constante contato com a sambista. Em nota, ele confirmou a morte da artista e lamentou a perda deste grande nome do samba baiano. “Viva o Samba da Bahia, Viva Dona Cleudete Macêdo, patrimônio CULTURAL da nossa Bahia.
Vá em paz, amiga Claudete! Nós, aqui, lembraremos de você!”, escreveu.
O corpo da artista foi sepultado na tarde deste sábado (28/1), no Cemitério Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas, na capital.
Ela também participou de vários afoxés, como “Os Filhos do Morro”, “Os Internacionais”, “O papagaio” e o “Lá vem elas”.
Presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, reverencia e lembra a importância de Claudete Macêdo, figura de representatividade como mulher, como artista, como incansável:
"Dona Claudete sempre foi pioneira. Cantava por vocação desde criança, em casa, nos batizados, casamentos, festas, rádio, bares, blocos...Ela era a própria música, companheiras inseparáveis, pioneiras na afinação e na ousadia, afinal não era qualquer uma que peitava ser cantora em plena década de 1950. Claudete não só desafiou a sociedade machista da época, como foi ocupando espaços e se transformando num ícone do samba da Bahia. Primeira mulher a cantar no bloco Vai Levando, compositora do Filhos de Gandhi, parceira inseparável do mestre Batatinha, rainha da lendária Cantina da Lua. Viva o Samba! Viva dona Claudete, que sempre será lembrada como o 'retrato fiel da Bahia’”, disse.