Orquestra Arte Viva e Ivan Lins emocionam o público no Pelourinho
Orquestra Arte Viva e Ivan Lins emocionam o público no Pelourinho
O público do Pelourinho Dia e Noite presenciou a mistura do erudito e do melhor da música popular brasileira, neste sábado (03), no Largo do Terreiro de Jesus, durante a apresentação da Orquestra Arte Viva e do músico Ivan Lins. Sob coordenação do maestro Amilson Godoy, os mais de 40 músicos clássicos fizeram o público cantar em coro logo no início da apresentação, ao tocar ?Aquarela do Brasil?. Ainda no início do espetáculo, o público saudou também as apresentações da música ?Sabiá?, ?Chega de saudade? e ?Tarde em Itapuã?. A orquestra fez ainda uma espécie de suíte nordestina, unindo em uma só canção as melodias de clássicos do forró como ?Assum Preto? e ?Asa Branca?. Além de hits de Renato Russo, que levaram o público ao delírio.
Após trazer o melhor da MPB para o palco, o maestro convidou o músico Ivan Lins que se uniu a orquestra trazendo clássicos de sua carreira, a exemplo de ? Aqui é o Meu País?, ? Samba do Avião?, ?Como Nossos Filhos?, ?Vitoriosa?, ?Novo Tempo?, ?Bandeira do Divino? e ? Madalena?. O universitário Bruno Correia, de 23 anos, se entusiasmou com a apresentação. “O melhor mesmo é ver como a música clássica também pode ser popular. Nunca imaginei em ouvir músicas de Renato Russo em acordes clássicos, maravilhoso”, completou.
?Há mais de 20 anos eu tento mostrar ao grande público como o clássico pode também ser divertido, já elaborei muitos projetos que uniam o rock ao erudito, o pop, o forró e várias outras vertentes da música brasileira. O objetivo da Orquestra Arte Viva é realmente esse, popularizar a música orquestrada?, esclarece o maestro Amilson Godoy, também idealizador do projeto.
Para o cantor e instrumentista Ivan Lins, um dos maiores músicos da MPB com grande reconhecimento mundial, projetos como esse possibilitam àqueles que não têm intimidade com a música clássica de poderem entender um pouco daquela que é a expressão máxima da sonoridade musical. ?O que eu sinto um pouco de falta é de um elo maior entre as orquestras e o público. A Bahia possui uma orquestra sinfônica maravilhosa e talvez desconhecida do grande público. A ideia aqui é tornar a orquestra mais próxima das pessoas?, concluiu.