Por que maltratamos tanto o futuro do país?
Foto: ilustrativa/Pexels
Cresci ouvindo a esperançosa frase: "AS CRIANÇAS SÃO O FUTURO DO PAÍS"!
Mas, se a frase traz alguma verdade, por que as crianças ainda são tão maltratadas?
Há alguns dias tivemos notícia de maus-tratos em um colégio militar, enquanto os alunos recebiam um treinamento para participarem de um evento "comemorativo".
Ora, quando uma criança precisa sofrer para agradar um adulto, não há o que comemorar!
Até quando veremos a criança nesse lugar de objeto, no lugar de atender ao desejo do adulto?
Mora no senso comum que a criança deve agradar aos mais velhos, obedecer aos seus intermináveis pedidos, se submeter às suas regras e, por vezes, alimentar seus sonhos. Tudo isso sem reclamar!
Assim nascem os relacionamentos abusivos!
Esse formato de relação fica tão impregnado que termina por gerar indivíduos passivos diante da dor, com baixa autoestima e dificuldade de discernir de forma autônoma.
Surge daí a ideia de que nascemos para servir ao outro, o que nos coloca em eterno estado de dependência emocional.
Esse conjunto de absurdos e violações de direitos, não raras vezes, também pode gerar seres humanos perversos, incapazes de sentir a dor do próximo, já que também não tiveram suas dores notadas na infância.
Apesar de haver legislação criminalizando a violência contra crianças e adolescentes, parte da sociedade ainda acolhe esses maus-tratos como algo normal.
Há quem minimize a dor e, de forma sádica, também há quem julgue como válido e necessário que a criança sofra para aprender a viver e a se portar diante da vida.
Precisamos ter a CORAGEM de quebrar esse ciclo. Precisamos aprender a trocar o autoritarismo por autoridade. A grosseria, pela firmeza. O grito, pelo diálogo. A violência, pela educação. A obediência cega, pelo respeito. A ordem impositiva, pela organização e colaboração.
Isso precisa de atenção urgente! As respostas não estão no futuro, mas sim no presente!
Antes de serem responsáveis pelo futuro de uma nação, as crianças possuem o direito de existir com DIGNIDADE, para que se tornem indivíduos mentalmente saudáveis.
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.