Família

O amor incondicional é uma cilada... E isso também vale para os filhos

Colunista On: Otávio LealPai de Maria Flor e Amora, advogado, consultor parental e psicanalista em formação
O amor incondicional é uma cilada... E isso também vale para os filhos

Crédito da foto: ilustrativa/Pexels

 


O discurso do amor incondicional carrega uma ideia de nobreza e pureza que pode CEGAR quem ama! E aquele defasado conceito do "amor cego" pode ser bem perigoso nos dias de hoje!


Algumas pessoas se referem ao amor que sentem por um(a) companheiro(a) ou pelos filhos dessa maneira: INCONDICIONAL! 


No senso comum, essa palavra nos remete à ideia de que esse "tipo" de amor não dependeria de um outro motivo além do próprio vínculo familiar, por exemplo.


No sentido mais profundo, o amor incondicional termina por gerar uma espécie de relação em que se busca a felicidade da outra pessoa sem qualquer preocupação consigo mesmo.


É aí que o papo fica sério!


Amar alguém sempre será algo bom. Mas só será bom de verdade se estivermos por inteiro na cena, atentos. 


Cultivar uma relação saudável com qualquer pessoa exige, antes de tudo, respeito, e, quando não nos inserimos na cena, esquecemos que nós também precisamos ser vistos e respeitados pelo outro.


Melhor dizendo, quando nos respeitamos, quando CONDICIONAMOS as nossas relações a uma regra maior, como a do AUTOCUIDADO, muda tudo! Muda inclusive a forma de amar!


Amar incondicionalmente, ao pé da letra, pode nos fazer esquecer de nós mesmos em algum momento.


Amar alguém, inclusive um filho, exige uma relação CONDICIONADA, no seguinte sentido:


• Condicionada ao diálogo respeitoso;

• Condicionada ao tratamento digno e equilibrado;

• Condicionada à liberdade física, emocional e psicológica;

• Condicionada a uma relação não-violenta


Quando amamos dessa forma, "impondo CONDIÇÕES", para nós e para o outro, nos machucamos menos e damos espaço para um amor mais leve.


Para além do discurso bonito e puro do amor incondicional, precisamos nos manter alertas para exercer uma maternidade e paternidade respeitosa, que, por sua vez, irá gerar filhos respeitosos.


*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.


Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Otávio Leal

Otávio Leal

Otávio Leal, do blog "Pai, vem cá", é pai de Maria Flor e Amora, advogado, consultor parental, psicanalista em formação e autor do livro "Papai foi pra roça, Mamãe foi trabalhar. E agora?".

O projeto “Pai, Vem Cá!” se tornou parceiro da Defensoria Pública da Bahia e da Revista Pais & Filhos, tendo participado de iniciativas sociais importantes, a exemplo da campanha Poder do Colo, da Novalgina.

Instagram: @paivemca
 

Relacionadas

Aratu On

O Aratu On é uma plataforma focada na produção de notícias e conteúdos, que falam da Bahia e dos baianos para o Brasil e resto do mundo.

Política, segurança pública, educação, cidadania, reportagens especiais, interior, entretenimento e cultura.
Aqui, tudo vira notícia e a notícia é no tempo presente, com a credibilidade do Grupo Aratu.

Siga-nos

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.