Baiano grava filme sobre narrativas negras no Subúrbio Ferroviário

O filme do diretor baiano Igor Correia será ambientado em bairros do Subúrbio Ferroviário de Salvador, como Paripe, Plataforma e Lobato.

Por Lucas Pereira.

O diretor baiano Igor Correia iniciou o desenvolvimento de seu novo longa-metragem de ficção, "A Ponte entre Memórias", que será ambientado em bairros do Subúrbio Ferroviário de Salvador, como Paripe, Plataforma e Lobato. A produção tem como proposta central valorizar histórias negras e periféricas, explorando afetos, pertencimento e poesia, longe de estereótipos associados à violência.

O filme baiano será ambientado em bairros do Subúrbio Ferroviário de Salvador, como Paripe, Plataforma e Lobato. Foto: Secom/PMS

O filme acompanha a trajetória de Miguel, um adolescente negro de 16 anos, órfão, que é adotado por Vanessa, uma professora de literatura. Durante o processo de adaptação à nova vida, o jovem vivencia o florescer de sentimentos por seu melhor amigo do orfanato, Fábio, e cria um laço afetivo com Aguinaldo, o avô da nova família, por meio da poesia. O enredo propõe um olhar sensível sobre juventude, afetos e identidade.

"Colocar um adolescente negro no centro de uma história sensível é romper com estereótipos e afirmar que nossos afetos também importam. É sobre existir na tela com humanidade, complexidade e potência.", afirma o diretor.

Com roteiro assinado por Igor Correia, o filme tem direção de produção de Tais Amordivino, produção executiva de Gabriela Rocha e realização da Tormento Filmes. O projeto foi contemplado nos Editais Paulo Gustavo Bahia e conta com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, via Lei Paulo Gustavo, voltada ao apoio emergencial ao setor cultural.

Esse é o primeiro longa de Igor com abordagem mais intimista. O diretor, formado em Comunicação Social e Cinema pela UniFTC e em Criação de Séries de TV pela Usina do Drama/UFBA, já é conhecido por curtas como "Estamos Sozinhos", "Cafuné" e o premiado "O Filho do Pastor", exibidos em festivais nacionais e internacionais.

Foto: Divulgacao

Além de cineasta, Igor é autor do livro "A Casa dos Assassinos" e atua como sócio-proprietário da produtora Tormento Filmes. Seus trabalhos transitam entre o suspense, a fantasia e o realismo afetivo, sempre com foco na identidade negra e no poder narrativo da periferia.

O filme do diretor baiano se passa em bairros do Subúrbio Ferroviário de Salvador. Foto: Divulgação

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