Ambulante denuncia agressão cometida pela Guarda Municipal: 'Me deixaram no chão'
Ambulantes que atuam na avenida Joana Angélica tiveram o material recolhido por agentes da Guarda Municipal
Fonte: Laís Machado
Um ambulante, de prenome Gerson, denuncia agentes da Guarda Municipal de Salvador por agressão. Ao programa Alô Juca, da TV Aratu, Gerson contou que foi agredido na madrugada deste domingo (15), na avenida Joana Angélica, enquanto tomava conta das mercadorias dos comerciantes.
Segundo depoimento da vítima, equipes da prefeitura, junto com a Guarda Municipal, recolheram o material dos ambulantes, que atuam na localidade conhecida como 'Rua das Frutas'. Gerson conta que foi agredido por um guarda com socos e spray de pimenta, quando ele foi retirar um pranchão do local.
"Quando fui puxar a prancha, eles jogaram spray de pimenta e eu agredi de volta. Eles me pegaram e eu recebi uma coronhada na cabeça. Me abandonaram e não fizeram nada, me deixaram no chão".
Na reportagem, Gerson explica que não resistiu à apreensão e sofreu ameaças dos agentes: "Eles falaram que iam levar a mercadoiria por bem ou por mal, é a primeira vez que isso aconteceu comigo. O que eu recebo é meu meio de sobreviver, cuidar da minha filha e pagar aluguel. Estou sem poder trabalhar por conta disso", contou. Confira a reportagem:
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Os ambulantes que trabalham na localidade se mobilizaram para realizar um protesto em frente à sede da Ordem dos Advogados do Brasil, na avenida Joana Angélica, que teve início às 18h desta segunda. Ao Aratu On, Rita de Cássia, uma das ambulantes que organiza o protesto e trabalha no local há 43 anos, conta que não é a primeira vez que uma agressão acontece.
"Vários comerciantes tendo suas mercadorias levadas, esse é meu sustento, eu tenho 11 filhos, pense aí no prejuízo?", explicou a ambulante.
Em nota, a Semop informou que a operação teve como objetivo cumprir uma determinação judicial para organizar o comércio informal na região e recolher objetos considerados irregulares.
"Durante a abordagem, foi encontrada uma arma branca do tipo espada entre os caixotes, o que demandou uma intervenção mais cautelosa por parte das equipes envolvidas. Ao longo da operação, houve resistência e hostilidade por parte de alguns ambulantes. Em um momento específico, foi necessário conter um permissionário que se mostrou mais exaltado, o que resultou em uma queda acidental tanto do agente quanto do ambulante, causando escoriações leves", diz trecho de nota.
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