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Em 20 dias, "tribunais do crime" promovidos pelo CV no complexo do Nordeste de Amaralina acendem alerta: por que acontecem?

Sem se identificar, fontes da 40ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Nordeste de Amaralina) falaram sobre isso.

Por Da Redação

Em 20 dias, "tribunais do crime" promovidos pelo CV no complexo do Nordeste de Amaralina acendem alerta: por que acontecem? montagem/Aratu On

A facção Comando Vermelho, que atua no complexo do Nordeste de Amaralina, em Salvador, tem imposto "tribunais do crime" que chocaram a capital baiana no último mês. Pelo menos três casos ocorreram na região - na Chapada do Rio Vermelho, Santa Cruz e Vale das Pedrinhas -. O último foi registrado na noite de segunda-feira (16/5). 


De acordo com a Polícia Militar, um homem, ainda não identificado, discutiu com a companheira e decapitou ela em seguida. Após o feminicídio, traficantes que atuam na área invadiram o imóvel onde o casal morava e matou o rapaz a tiros. As vítimas foram localizadas em um quarto, completamente ensanguentado. 


Um dia antes, na tarde de domingo (15/5), o corpo de uma mulher foi achado na região do Parque da Cidade, no bairro da Santa Cruz. Tatiane da Silva Oliveira, de 27 anos, estava desaparecida desde 30 de abril.


A polícia acredita que ela devia ao tráfico de drogas e, por isso, passou pelo "tribunal" do Comando da Paz. Imagens do local indicam que o corpo foi arrastado. 




No dia 28 de abril, nova situação. De acordo com testemunhas, bandidos teriam sequestrado um suspeito de roubo a ônibus para passar pelo "tribunal", mas policiais militares lotados na Base Comunitária da Chapada do Rio Vermelho tentaram impedir a ação. O prédio a unidade ficou cravado de balas, mas ninguém se feriu. 


Na oportunidade, mesmo com os vídeos, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia disse que não houve ataque a base, porém afirmou que "houve confronto com traficantes". Ainda segundo a organização, os suspeitos estavam com um homem, usuário de drogas, que seria executado, mas foi salvo pela ação da polícia.




Mas, afinal, por qual motivo acontecem os "tribunais"? Sem se identificar, fontes da 40ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Nordeste de Amaralina), unidade que atua no complexo, dizem que os traficantes necessitam "mostrar poder" - tanto para rivais quanto para usuários de drogas - para manter o controle da região. 


Outro motivo apontado pelos policiais militares é a necessidade de manter longe as Polícias Militar e Civil em determinados pontos. Não é de interesse dos criminosos que viaturas sejam chamadas para atender ocorrências de discussão entre casal e pequenos furtos na região. 


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