Trabalhadores fazem balanço das vendas no último dia do Carnaval
Para muitos trabalhadores, o Carnaval de 2025 não rendeu como o do ano passado
Por Edimário Duplat.
Como último dia da folia, a terça-feira (4) do Carnaval de Salvador já serve para os trabalhadores analisarem as vendas e fazerem um levantamento do consumo que existe na festa.
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Joelson da Silva e Alessandro Santos vendem bebidas no circuito Barra-Ondina. Foto: Edimário Duplat | Aratu On
Além dos ambulantes que estão dentro do circuito Dodô (Barra-Ondina), outros que vendem no entorno têm a mesma opinião: as vendas foram boas, mas o resultado foi menor do que no Carnaval de 2024.
A dupla formada por Joelson da Silva e Alessandro Santos vende cerveja na entrada do Portal do Porto da Barra e tem duas justificativas para este baixo número em relação ao ano passado.
"Acho que, neste ano, o Centro está melhor que aqui. As atrações estão melhores, tem mais gente lá", alega Alessandro. A fala é complementada pelo amigo, com outro problema enfrentado pelos vendedores.
"A cerveja está mais cara também. E o preço é esse, não dá pra mudar. Às vezes, o pessoal vem aqui pedir promoção e não dá pra fazer. E quando a gente faz, quem tá do lado vendendo fica chateado também", completa Joelson.
Mesmo assim, os dois agradecem pela procura, e como estão no limite da entrada da folia, conseguem diversificar os produtos que vendem
Ao lado deles, perto da rua que dá acesso à avenida Centenário, Elinaldo Silva trabalha de mototáxi e também tem um motivo para o baixo número de clientes em relação ao ano passado.
"O Uber tá triturando a gente que trabalha fora do aplicativo", afirma o trabalhador, que faz serviço por uma empresa que está fora do serviço de aplicativo e vê a disparidade de valores como maior problema.
"Não temos alvará da prefeitura, mesmo que esteja tudo regularizado. Fiscalização é maior para nós que trabalhamos de mototáxi apenas no Carnaval, como é o meu caso" completou.
Dentro do circuito, as opiniões são semelhantes e até um pouco mais duras. Muitos acham que o preço tabelado pela patrocinadora da festa está afastando os consumidores, que têm comprado menos ou até ingerido os produtos fora do circuito.
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