Oruam não cantará mais em bloco no Carnaval de Salvador; saiba por quê

Anúncio de que o trapper Oruam não cantará no Carnaval foi divulgado nesta quarta-feira

Fonte: Anna Caroline Santiago

22/01/2025 16h46Atualizado em: 22/01/2025 17h25

O show que o trapper Oruam faria no Carnaval de Salvador foi cancelado nesta quarta-feira (22). O anúncio foi feito nas redes sociais do Bloco Broder Loopi.

De acordo com o comunicado, o motivo do cancelamento foi uma "incompatibilidade" devido à agenda do músico. No entanto, a apresentação de Oruam na capital baiana já estava gerando polêmica desde o seu anúncio.

Show de Oruam é cancelado no Carnaval de Salvador.Foto: redes sociais | @blocobroderloopi

Filho de Marcinho VP, apontado como líder do Comando Vermelho, Oruam frequentemente é associado à facção criminosa, apesar de negar qualquer envolvimento. Marcinho está preso há 30 anos, e o filho já se posicionou publicamente diversas vezes pedindo a liberdade do pai, incluindo em festivais internacionais, como na última edição do Lollapalooza, em 2024.

Este não é o primeiro episódio polêmico envolvendo o artista na Bahia. Em setembro do ano passado, Oruam foi alvo de críticas após cuspir em um fã durante um show em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

Na ocasião, o trapper explicou nas redes sociais que o fã havia feito "sinais de facção" durante o show. “Ele ficou o tempo todo fazendo sinais de facção para mim. Quando cheguei a cantar sobre meu pai, ele disse algo relacionado a ele. Foi quando ele levou um cuspidão e umas porradas”, afirmou.

@metropolesoficial Um fã capturou o momento em que o trapper #Oruam cuspiu no rosto de uma pessoa durante seu show, causando polêmica. De acordo com relatos, o #artista teria reagido dessa forma após ser supostamente ofendido por alguém na plateia. O vídeo #viralizou nas redes sociais nesta segunda-feira (23/9), gerando uma enxurrada de comentários e dividindo opiniões entre os internautas. #entretênews ♬ som original - Metrópoles Oficial

Outros Casos

O cancelamento de shows por associações com facções criminosas não é um fenômeno isolado. Em 2021, o cantor MC Poze do Rodo, do Rio de Janeiro, teve sua primeira apresentação no "Baile do Embrasa", em Salvador, cancelada após ameaças de morte feitas por membros de uma facção. Na época, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) proibiu o show, alegando que a medida visava evitar possíveis incidentes graves.

Hoje, aos 25 anos, MC Poze do Rodo admite já ter se envolvido com o tráfico na favela do Rodo e ter sido preso anteriormente.