Como fazer o seu cachorro mais feliz? Novo estudo explica

Os cães estão presentes em 58% dos lares brasileiros e são considerados companheiros fiéis, além de desempenharem funções de trabalho em diferentes áreas. Pesquisas científicas têm demonstrado que esses animais compartilham diversas semelhanças com os humanos: podem sofrer luto por outros animais, reconhecer palavras, perceber o estresse de seus tutores e até ficar tristes por isso.

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Um estudo com quase quatro milhões de registros médicos revelou que pessoas que possuem cães têm risco 24% menor de morrer por qualquer causa em comparação com aquelas que não convivem com o animal. Apesar dos benefícios para os tutores, especialistas destacam a importância de adotar práticas específicas para garantir o bem-estar dos cães.

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Cinco práticas recomendadas

1. Permitir que cheirem o ambiente:
   Para os cães, o olfato é o principal sentido. Cheirar durante os passeios não apenas proporciona bem-estar, como também contribui para a saúde. Estudos indicam que essa liberdade impacta o “otimismo” dos animais, levando-os a avaliar situações de forma mais positiva.

2. Oferecer autonomia:
   A pesquisadora de bem-estar animal Mia Cobb defende que os cães tenham mais escolhas no dia a dia. “Para as pessoas que viveram a frustração dos confinamentos rigorosos nos primeiros anos da COVID, é fácil lembrar como o fato de não podermos ir aonde queríamos, ou ver quem queríamos, quando queríamos, afetava nossa saúde mental”, afirmou em texto no site The Conversation. Segundo ela, proporcionar autonomia pode significar desde deixar portas abertas em casa até permitir que o animal escolha o caminho durante o passeio.

3. Reconhecer a individualidade:
   Assim como os humanos, cada cão possui personalidade e preferências próprias. Pesquisadores da Universidade de São Paulo apontam que a agressividade, por exemplo, não está ligada apenas à raça, mas também a fatores como peso, tipo de focinho e até o sexo do tutor. Outro estudo indica que apenas 9% das diferenças de comportamento entre raças têm origem genética.

4. Respeitar o descanso:
   Nem sempre os cães querem participar das atividades humanas. É importante oferecer locais tranquilos dentro de casa, onde possam se recolher quando desejarem. Barulhos intensos ou a presença de visitas podem ser estressantes, e forçá-los a permanecer nessas situações pode prejudicar o bem-estar.

5. Garantir atividades sem coleira, com segurança:
   Quando soltos em locais seguros, os cães exploram áreas maiores e se exercitam mais intensamente. Essa prática favorece a saúde física e mental, além de auxiliar na prevenção da demência canina, condição semelhante à que afeta humanos.

Especialistas ressaltam que compreender essas necessidades ajuda a melhorar a qualidade de vida dos animais e fortalece a relação de companheirismo entre cães e tutores.

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