Funcionários da Caixa paralisam atendimento, mas sindicato garante que pagamento do auxílio não será afetado
Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Irecê, Jacobina, Juazeiro, Teixeira de Freitas, Jequié, Itabuna, Ilhéus, Camaçari e Alagoinhas realizam atos na manhã desta terça.
Funcionários da Caixa Econômica Federal realizam nesta terça-feira (27/4) uma paralisação de 24 horas, com direito a protesto contra ações do Governo Federal na gestão do banco estatal, em todo o Brasil. O ato foi deliberado em plenária virtual na noite desta segunda-feira (26/04).
Na Bahia, Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Irecê, Jacobina, Juazeiro, Teixeira de Freitas, Jequié, Itabuna, Ilhéus, Camaçari e Alagoinhas foram afetados. Na capital, funcionários espalharam faixas nas agências localizadas no bairro das Mercês e fizeram discursos para a população, explicando as motivações do ato.
As agências deverão retomar as atividades ainda hoje. Em entrevista ao Aratu On, o presidente do Sindicato dos Bancários, Augusto Vasconcelos, declarou que a greve não causará nenhum impacto aos pagamentos do auxilio emergencial ou demais benefícios do governo.
Segundo ele, o ato de cunho nacional, apelidado de um Dia de Luta, ocorre em protesto ao IPO da Caixa Seguridade, por mais contratações, pagamento correto da PLR Social, acordo sobre teletrabalho e vacinação da categoria.
"Nós estamos reivindicando que a Caixa suspenda a venda da subsidiária do banco, a Caixa Seguridade. A abertura de capital vai acontecer no próximo dia 29. Nós entendemos que isso é a porta de entrada para a privatização do banco e não concordamos com isso porque a Caixa é uma das empresas mais importantes para o nosso país, fundamental para o desenvolvimento nacional, responsável pelo pagamento dos benefícios sociais", iniciou.
REVEJA O CRONOGRAMA DE PAGAMENTOS DO AUXÍLIO:
"Além disso, um outro ponto abordado é a contratação de mais empregados aprovados no concurso de 2014. O banco reduziu mais de 20 mil postos de trabalho nos últimos anos, mas não repôs esses postos e essas contratações são fundamentais para a melhoria das condições de trabalho e dos atendimentos a população”, continuou.
“Um terceiro ponto da nossa pauta é a vacinação. Fizemos uma pesquisa entre os bancários detectamos que 28,1% já contraíram Covid. Muitos, inclusive, vieram a óbito. Os funcionários, bancários, vigilantes, atendentes e todos os demais estão expostos. As agências não fecharam desde o início da pandemia. São locais de fácil contagio, são locais fechados onde há aglomerações, circulação de dinheiro, com portas giratórias e caixas eletrônicos, que são de facilitadores de um contágio. Infelizmente, o Ministério da Saúde não nos incluiu no grupo de prioridade da campanha de vacinação e buscamos reaver essa situação", explicou Vasconcelos.
A defesa da PLR Social, que é a participação de lucros e resultados, e a definição de um acordo de trabalho específico para o regime de teletrabalho também serão reivindicadas. "Mais de 30% dos bancários estão trabalhando de casa sem nenhuma proteção jurídica e nós queremos normatizar isso", concluiu.
O Aratu On tentou um posicionamento da Caixa Econômica Federal mas ainda não obteve retorno.
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