Bahia: 2019 foi o ano com menor nascimento de bebês desde o início deste século, aponta IBGE
Bahia: 2019 foi o ano com menor nascimento de bebês desde o início deste século, aponta IBGE
Um pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a taxa de natalidade em 2019, na Bahia, caiu consideravelmente, consagrando o ano como aquele em que menos baianos nasceram em todo o século XXI. Os dados revelam ainda que, a cada 10 partos, quase dois deles é de uma mãe maior que 35 anos.
Depois de crescer por dois anos seguidos, foram registrados 196.951 nascimentos no estado em 2019, número 2,8% menor que o de 2018, quando haviam sido 202.868 registros.
Os dados divulgados nesta quarta-feira (9/12) mostram que houve uma redução de 12,9% no número de nascimentos de baianos do que em 2001, com menos 29.111 bebês registrados. Nesse período, a queda percentual da natalidade na Bahia, de -12,9%, ficou atrás apenas do estado de Minas Gerais, que contabilizou -13,2% nascimentos
Entre 2018 e 2019, o número de nascimentos registrados também caiu no Brasil, como um todo. A média nacional diminuiu 3%, com menos 87.821 registros. De todos os estados, apenas Roraima (+14,4%), Amazonas (+0,4%) e Mato Grosso (+0,4%) tiveram alta no número de nascidos registrados.
Apesar da queda de 2,8% no período, a Bahia registrou o 15º menor número entre os 27 estados. As maiores diminuições foram no Rio de Janeiro (-5,4%), no Rio Grande do Norte (-4,7%) e em Alagoas (-4,7%).
CAPITAL
Salvador também teve redução da natalidade entre 2018 e 2019 e, assim como a Bahia, registrou o menor número de nascimentos neste século. Foram registrados 32.780 bebês na capital baiana em 2019, o que representa 2,2% a menos do que em 2018 e 12,8% a menos do que em 2001.
Essa é a segunda queda registrada na capital baiana. Entre 2019 e o ano anterior, apenas Boa Vista, capital de Roraima, teve aumento nos nascimentos registrados, de +10,3%. Salvador aparece em 22º lugar no ranking de queda, encabeçado por São Luís/MA (-9,6%), Vitória/ES (-8,8%) e Aracaju/SE (-7,6%).
FECUNDIDADE
Durante o ano de 2019, a taxa de fecundidade só cresceu entre mulheres a partir de 35 anos. Segundo a pesquisa, quase dois em cada 10 nascimentos na Bahia (16,0%) é oriundo de uma mãe "mais velha" para os padrões ginecológicos. Em Salvador, os números foram parecidos.
Para o IBGE, a fecundidade mais tardia é resultado do progressivo envelhecimento da população e da cada vez mais frequente postergação da maternidade. Na Bahia, em 2019, 31.510 nascimentos tiveram como mães mulheres de 35 anos ou mais de idade, 3,2% a frente de 2018, quando havia sido de 30.530.
A diferença na capital baiana foi ainda maior: em 2019, 7.638 bebês registrados tiveram como mães mulheres de 35 anos ou mais de idade, cerca de 23% de todos os registros do ano. O número cresceu 4,8% frente a 2018.
Na outra ponta, 16,9% dos bebês registrados em 2019 na Bahia tiveram mães adolescentes ou jovens menores de 20 anos (33.203). Desses, 94,8% são mães de 15 a 19 anos (31.489), além de outros 1.714 por meninas menores de 15 anos de idade.
Em Salvador, a fecundidade precoce é menos expressiva. Em 2019, 11,0% dos nascimentos registrados foram de mães com menos de 20 anos (3.611). Desses, 3.466 tiveram mães na faixa de 15 a 19 anos, e 145 foram de meninas menores de 15 anos.
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