BOM PARA CACHORRO: Hotéis viram alternativa para hospedar animais durante Carnaval
BOM PARA CACHORRO: Hotéis viram alternativa para hospedar animais durante Carnaval
A contagem regressiva já começou. Faltam apenas três dias para o Carnaval 2017. Viagens, passeios e programas alternativos estão entre os muitos planos para estes dias de folia que param o Brasil. Mas, eis um problema! Afinal, donos de animais de estimação que querem cair na Avenida ou aproveitar o feriado para descansar se deparam com um grande dilema: onde deixar o melhor amigo?
Calma…. Não precisa se desesperar e sair por aí desmarcando tudo.
O Aratu Online listou algumas opções para que os ‘serumaninhos’, apesar de longe dos donos, possam curtir também, na medida do possível, a folia carnavalesca. Uma delas, por exemplo, é hospedar o pet num estabelecimento capacitado. Ou seja, em hotéis.
Afinal, deixá-los num lugar confiável, mesmo que longe da “família”, é uma alternativa mais saudável do que carregar o bichinho pra ambientes barulhentos, por exemplo. Esta é a recomendação do médico veterinário Leonardo Ciqueira. Ele diz ainda que os animais podem ficar inquietos com o barulho e o agito das festas.
“Se a pessoa mora no meio do circuito do carnaval, por exemplo, é preciso alguns cuidados. Um deles : criar um ambiente que o animal não fique exposto a tanto barulho, pois é grande o risco de o animal ficar estressado. Pode ser um quarto mais isolado. Outra coisa é dar muito carinho a eles, nessa época, eles ficam muito mimados. Calmantes, também, são aconselhados. Agora, a melhor escolha, acaba sendo os hotéis”.
Luciana Maron, proprietária do pet center – Vila Cani – , que o diga. A empresária revela que a procura pelo hotel, localizado no bairro do Caminho das Árvores, aumentou quase 50%. “Nessa época, ficamos com o hotel lotado. Quando o dono do animal traz ele pra cá, nós verificamos a carteira de vacinação e o bichinho passa por uma avaliação clínica. Tem que estar tudo em dia”, ressalta.
“Aqui, não tem canis, tampouco gaiolas. Os animais ficam livres. Os bichinhos passam por um período de adaptação e recebem tratamento diferenciado. Durante o carnaval, uma equipe – formada por médico veterinário e auxiliares- fica 24 horas a serviço dos animais. A última coisa que queremos é que o animal chegue aqui e se sinta triste, excluído… nada disso! “, afirma Luciana.
Apesar de tantos mimos ofertados e do serviço – com diária no valor de R$ 90 – , há quem ainda fique insegura com tal cenário. É o caso da publicitária baiana, Ana Carla Dias Peixoto. A tutora do pequenino Chico – um shih-tzu de três anos e 8 meses – que ‘bomba’ nas redes sociais, diz sofrer por antecipação só em pensar em deixar o pequenino num hotel.
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“Não seria por receio do Hotel… mas, sim, por ele. Chico não está acostumado a interagir com muitos cães. Eu não sei se ele ia gostar. Aí, acabo preferindo outras opções mesmo”, ressalta Ana.
A DogHero é uma delas. A ideia é bem simples: por meio do site e do aplicativo, ‘pais e mães’ de cachorros podem selecionar o anfitrião com o perfil mais parecido com o seu e combinar os detalhes da hospedagem. O preço da estadia é estipulado por cada anfitrião, mas a média de valor do site é de R$ 45. A DogHero possui 10.000 anfitriões, em mais de 500 cidades do Brasil.
Em contato com a reportagem do AratuOnline, Eduardo Baer, sócio-diretor da DogHero, relata que os serviços que o mercado oferece são mais caros e impessoais, o que torna a experiência da hospedagem domiciliar mais aconchegante e segura para os cães. “A ideia é melhorar a vida de todos os envolvidos, principalmente a do cachorrinho, ao oferecer uma hospedagem afetuosa, com uma rotina muito próxima com a de casa, e cuidadores que realmente amam cachorros”.
Veja o vídeo:
A ideia do DogHero é semelhante ao que Carol Barreto pratica em seu site. A estudante decidiu em janeiro de 2015 ser petsitter. “Como não posso ter todos os animais do mundo para mim, gostaria de dar amor e cuidado que às vezes eles não podem ter naquele momento. Cuidar deles me revigora. É meu estímulo diário. Saber que vou receber uma lambida, arranhão, olhar…qualquer gesto de um animal é o que me impulsiona”, relata Carol, que toma conta não apenas de cachorros.
“Cachorros, gatos, coelhos, peixes e até passarinhos”, sorridente, revela. Para o ‘trabalho’, que a mesma não considera ser nenhum, é cobrado uma taxa que varia entre R$ 80 e R$ 120. “Aí, depende de quantas vezes e dias terei que ir na casa da pessoa”, explica. “A ideia é não tirar o animal do seu ambiente para que ele não se estresse e, consequentemente, fique a vontade em seu lar”.
Nesse carnaval, inclusive, Carol já duas missões. A primeira, cuidar do pequeno Joaquim ou o juca. O Bulldog francês é o xodozinho de Pâmela Sampaio, uma das dançarinas do Fitdance. Em meio à rotina de shows e apresentações do Carnaval, Pâmela recorre ao auxílio da petsitter.
“Sou muito mãe coruja e jamais deixaria Juca com qualquer pessoa. Confio de olhos fechados em Carol. Carnaval já é certo, ela cuidar do Juca”, revela Pâmela.
A outra missão da Petsitter é um trio para lá de fofos: Teco, Simba e Charlotte. Os felinos, de 4, 3 e 2 anos, respectivamente, são de Mariana Gardet. A estudante de veterinária se vê em apuros quando chega essa época do ano. Apesar de gostar de Carnaval, ela decidiu aproveitar a ‘folga’ e viajar para o interior para visitar a família.
No entanto, se deparou com a dificuldade que ainda é encontrar Hoteis, exclusivos, para gatos. “Eu estudo veterinária. Por isso, já vi vários problemas de gato por conta de uma simples mudança de ambiente. Quem dirá sair de casa! Para eles é muito estressante. Aí, contactei alguns hoteis de animais e não achei algum que pegasse gato… por isso, acabei recorrendo a esse serviço”, ressalta Mariana Gardet.
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*Publicada originalmente às 8h