Motoristas da Uber: 60% não querem carteira assinada, diz pesquisa

Seis em cada 10 motoristas da Uber afirmam não querer carteira assinada, mostra pesquisa Datafolha

Por Laraelen Oliveira.

Seis a cada 10 motoristas da Uber afirmam não querer ter carteira assinada, aponta pesquisa Datafolha. O levantamento foi solicitado pela própria empresa e reuniu 1.800 profissionais entre maio e agosto, em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. 

De acordo com o resultado da pesquisa, os principais valores defendidos pela categoria são a autonomia e a flexibilidade. O estudo também aponta para um apoio público à renovação de veículos como a maior demanda em uma eventual regulamentação.

Motoristas da Uber defendem flexibilidade de horários 

Mesmo com uma renda estabilizada, 54% dos motoristas disseram que não aceitariam trabalhar sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). De acordo com a pesquisa, 93% dos entrevistados afirmam se sentir motivados pela liberdade de escolher seus próprios horários, fator que supera os benefícios tradicionais, como FGTS e 13° salário. 

O regime CLT é o modelo de contratação formal no Brasil que estabelece os direitos e deveres de empregados e empregadores, garantindo proteção ao trabalhador/Foto: Reprodução

O perfil de traçado dos profissionais mostra que 92% dos motoristas são homens, com idade média de 40 anos, e 90% são chefes de família, sustentando, em média, duas pessoas. Única fonte de renda. Para 55% dos participantes, o aplicativo é a principal ou única fonte de renda, e 69% ganham até dois salários mínimos líquidos. Apesar da baixa renda, 72% pretendem continuar na atividade. 

A pesquisa aponta ainda que a maior preocupação dos motoristas é o custo de manutenção dos veículos (49%), seguida pelo medo de assalto (37%) e pela falta de renda em caso de acidente (36%).

As despesas sendo motorista de uber são variáveis, dependendo de fatores como jornada de trabalho, cidade e modelo do carro/Foto: Marcello Casal jr.

Entre as prioridades para uma futura regulamentação, 52% pedem incentivos para renovação ou troca de carros, como linhas de financiamento específicas. Outros 21% defendem a não intervenção do poder público, enquanto 17% sugerem a criação de uma previdência própria para motoristas de aplicativo.

Helicóptero por aplicativo, mudança de categorias e desafios: saiba do progresso da Uber

Nos últimos anos, os aplicativos de transporte se tornaram parte essencial da mobilidade urbana em Salvador. Plataformas como Uber, 99 e InDrive ocupam um espaço crescente no cotidiano dos soteropolitanos, oferecendo alternativas ao transporte público em uma cidade marcada por desafios estruturais, longos deslocamentos e desigualdade no acesso à mobilidade. No entanto, a popularização desses serviços também escancara problemas antigos e cria novas demandas para a infraestrutura urbana, especialmente em áreas periféricas e de grande circulação.

Com isso, a Uber vem realizando algumas alterações em seu aplicativo, como as mudanças importantes nas categorias Comfort e Black a partir de janeiro de 2026. As mudanças aconteceram em todo o Brasil, com impacto direto nos motoristas baianos, especialmente em cidades como Salvador, Feira de Santana e Porto Seguro.

Já pensou em pedir um helicóptero por aplicativo para fugir do trânsito na Bahia? A plataforma Uber, em parceria com a Joby Aviation, anunciou que vai oferecer uma espécie de "Ubercóptero" como nova opção de mobilidade em diversas cidades ao redor do mundo.

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