Saiba como evitar e denunciar golpes financeiros na Bahia

Serasa lança central de denúncias e explica como evitar golpes financeiros em períodos de renegociação de dívidas

Por Júlia Naomi.

Em períodos de renegociação de dívidas, aumentam as tentativas de golpes financeiros na Bahia e no Brasil e as principais vítimas são pessoas com idade acima de 60 anos, segundo a informações da empresa de proteção financeira Silverguard.

Foto: Joédson Alves / Agência Brasil

O modo de atuação costuma ser semelhante, com "oportunidades exclusivas" e válidas por tempo limitado, de modo a induzir as pessoas a agirem por impulso. Os golpistas podem enviar links que direcionam o consumidor para páginas falsas ou números de atendimento que simulam equipes oficiais. 

Nessas conversas, solicitam dados pessoais e enviam boletos adulterados ou chaves Pix falsas. Após o pagamento, o contato é encerrado, e a dívida permanece ativa, já que nada foi negociado pelos canais oficiais.

Uma análise da Silverguard identificou que dos golpes em que os criminosos se passavam pela Serasa, 45% das fraudes ocorrem por e-mail, seguidas por WhatsApp (21%), anúncios em sites e aplicativos (11%), redes sociais (9%), apps de busca (5%) e SMS (2%).

Patrícia Camillo, gerente da Serasa, alerta sobre circunstâncias que podem indicar golpes em nome da instituição. "Nunca solicitamos depósitos para contas de pessoas físicas e não cobramos taxas antecipadas para liberar descontos”, explica. “Na dúvida, não clique em links suspeitos e não compartilhe seus dados sem checar os canais oficiais e selos de verificação nas redes sociais”, complementa.

A Serasa reforça seus únicos canais oficiais para negociação de dívidas:

Site oficial: www.serasa.com.br
WhatsApp oficial: (11) 99575-2096
Aplicativo Android: Google Play
Aplicativo iOS: Apple Store

Como denunciar golpes financeiros e potencializar recuperação do dinheiro

A Serasa lançou uma central de denúncias a golpes financeiros, em parceria com a Silverguard, com o objetivo de agilizar o registro de queixas e o acionamento de bancos recebedores para solicitar o bloqueio preventivo dos valores.

Em caso de perda financeira, a vítima pode relatar o caso, anexar provas e receber um passo a passo que aumenta as chances de recuperação do dinheiro. Além  disso, ao fazer a denúncia, ela passa a receber acompanhamento, por meio do WhatsApp do SOS Golpe.

Foto: Agência Brasil

O atendimento da Central SOS Golpe funciona para qualquer golpe financeiro, mesmo aqueles que não envolvem diretamente a Serasa. Pessoas acima de 60 aos que acionam o serviço entram automaticamente em uma fila prioritária de atendimento.

Ainda que não garanta a recuperação do dinheiro, a criação da ferramenta visa potencializar as chances de reaver os valores, por meio da maior agilidade no envio de provas às instituições responsáveis.

"Ao mesmo tempo, com a Central SOS Golpe, garantimos uma jornada mais digna e empática para vítimas de golpes de engenharia social, que muitas vezes se sentem perdidas e envergonhadas”, finaliza Márcia Netto, fundadora e CEO da Silverguard

De acordo com Netto, no contexto de iniciativas de renegociação de dívidas, como é o caso do Feirão Serasa Limpa Nome, golpistas intensifiam ataques usando o nome da Serasa para enganar especialmente idosos.

“Criminosos se aproveitam do período do Feirão para copiar a linguagem da Serasa e usar urgência como ferramenta de persuasão, induzindo o consumidor mais vulnerável ao erro”, afirma Marcia Netto. “Eles sabem que muitos brasileiros estão buscando acordos e tentam mascarar sinais claros de fraude com ofertas irresistíveis e links enganosos.”

A Serasa recomenda que a Central SOS Gov seja acionada apenas em caso de perda financeira. Assim, em situações em que a vítima identifica a tentativa de golpe antes que ela seja consumada, deve denunciar os sites, links ou números falsos, que utilizam indevidamente a marca Serasa no site serasa.com.br/contra-fraudes.

Estudo aponta que 40% dos idosos já caíram em golpes financeiros

De acordo com uma pesquisa que analisa os golpes que se passaram pela Serasa, realizada em parceria com a Silverguard e o Instituto Opinion Box, 4 em cada 10 idosos já foram vítimas de golpes financeiros. Do total de entrevistados, quase metade sofreu ao menos uma tentativa recente.

Pesquisa aponta que quatro em cada dez idosos já sofreu golpes financeiros. Foto: Reprodução

Segundo o estudo, entre os que já foram vítimas, 40% passaram por mais de um golpe, e 80% registraram perdas financeiras, que, em mais da metade dos casos, ultrapassou os R$ 1.000.

Os danos, porém, vão além do prejuízo monetário. Os entrevistados relatam frustração (29%), raiva (25%), medo (19%), vergonha (11%) e impactos na saúde, como ansiedade e insônia (16%). 

Mesmo aqueles que não caíram em algum golpe ou não chegaram a perder dinheiro relatam mudança de hábitos: 57% deixaram de cadastrar cartão em sites pouco conhecidos, e 49% evitam abrir links, mesmo enviados por familiares.

Guardar dinheiro ou pagar dívidas? No Aratu Tá On, contador orienta bom uso do 13º

Para saber como utilizar o 13º da melhor forma, o contador, professor e empresário André Luis, mais conhecido como Dedeko, deu algumas dicas. Durante participação no podcast Aratu Tá On, ele pontuou que o valor deve ser planejado com antecedência e direcionado de forma estratégica, especialmente para quem enfrenta dívidas ou gastos fixos no início do ano.

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