‘Trabalho desrespeitado’, diz entregador agredido em condomínio de Lauro de Freitas

Entregador agredido em condomínio de Lauro de Freitas levou um soco no rosto enquanto realiza entrega

Por Ananda Costa.

Um entregador foi agredido em um condomínio de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), enquanto realizava uma entrega de encomenda na tarde desta última terça-feira (14). A vítima foi identificada como David de Jesus, de 45 anos.

Entregador agredido em condomínio de Lauro de Freitas. Foto: Reprodução | TV Aratu

O caso foi registrado por pessoas que estavam no local, que filmaram David de Jesus já machucado em frente ao condomínio Sun Valley. A agressão aconteceu quando ele compareceu ao endereço para realizar uma entrega e se envolveu em uma discussão com uma moradora. Em seguida, o marido dela teria partido para a agressão, desferindo socos e chutes contra o trabalhador.

Em entrevista ao Aratu Agora, apresentado por Murilo Vilas Boas na TV Aratu, David contou que apenas queria entrar em contato com o vigilante do prédio para pedir uma informação, quando a moradora não gostou e começou a desrespeitá-lo.

Em seguida, ela informou que o carro por aplicativo que havia solicitado havia chegado, mas que tinha chamado o marido para resolver o problema. Quando o homem chegou, desferiu um soco no rosto dele, mas foi impedido de cometer mais agressões pelos moradores que estavam no local.

“Eu nunca imaginei que isso iria acontecer. Foi um problema que dava para resolver com um pequeno diálogo. Não era para chegar a esse ato de violência”, relatou.

O entregador informou ainda que o suspeito das agressões tem quatro passagens pela polícia pelo mesmo tipo de ato e que moradores informaram que ele já é conhecido no condomínio pela violência.

“Ele tem quatro passagens por agressão também. Os próprios moradores falaram que ele é violento lá nesse condomínio”, disse.

David foi encaminhado para a 27ª Delegacia Territorial de Itinga, onde registrou o Boletim de Ocorrência. Sobre os próximos dias, ele informou que não vai conseguir trabalhar devido aos ferimentos.

“Eu ganho por entrega, ganho R$ 7 por cada entrega. Se eu não fizer, não ganho nada. Com o olho machucado, é complicado, até porque trabalho com bicicleta. Nosso trabalho é humilde, honesto, mas muito desrespeitado”, concluiu.

Após a ação, um grupo de motoboys foi até o condomínio para realizar um buzinaço em protesto contra as agressões. 

Casos envolvendo entregadores por app

No final de agosto, um motoboy, a serviço do iFood, foi baleado por um cliente quando fazia uma entrega em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro.

A vítima, Valério Junior, foi baleada após se recusar a subir ao apartamento do cliente, um policial penal identificado como José Rodrigo da Silva Ferrarini. A recusa gerou desentendimento e a reação absurda do cliente. O crime foi registrado em vídeo pelo próprio entregador e a ação foi publicada nas redes sociais.

Após o caso,  o policial penal, identificado como José Rodrigo da Silva Ferrarini, foi preso. O mandado de prisão foi expedido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro após Ferrarini disparar contra Valério Júnior, que teria se recusado a subir até o apartamento do cliente.

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