Quem é a "Diaba Loira", ex-CV que trocou de facção e virou alvo
Eweline Passos, conhecida nas redes por ostentar armas e desafiar rivais, está jurada de morte após abandonar o Comando Vermelho
Por Da Redação.
Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, se tornou uma figura conhecida no submundo do crime e nas redes sociais com o apelido de “Diaba Loira”. Natural de Santa Catarina, ela ganhou destaque ao se envolver com o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro, uma das maiores facções criminosas do país. Hoje, Eweline é considerada foragida da Justiça e está jurada de morte pelo próprio CV, após trocar de lado e se aliar ao rival Terceiro Comando Puro (TCP).
O apelido “Diaba Loira” surgiu com sua postura provocativa e seu perfil midiático. Em suas redes sociais, Eweline exibia fuzis, pistolas e frases desafiadoras, como “Não me entrego viva, só saio no caixão”. A imagem construída online refletia sua atuação fora da internet: uma mulher envolvida diretamente com o tráfico de drogas, segurança de lideranças e participação em ações armadas.
Antes de entrar para o crime, Eweline teve uma trajetória marcada pela violência. Sobreviveu a uma tentativa de feminicídio em Santa Catarina, onde teve o pulmão perfurado por um ex-companheiro. Após o ataque, fugiu para o Rio de Janeiro, onde se aproximou do Comando Vermelho. Com o tempo, ganhou a confiança da facção e passou a atuar em áreas dominadas pelo grupo.
Ex-CV trocou de facção
Nos bastidores do tráfico, no entanto, sua mudança de facção acendeu um alerta vermelho. Fontes ligadas à segurança pública afirmam que Eweline rompeu com o CV após desentendimentos internos e decidiu se aliar ao Terceiro Comando Puro (TCP), movimento considerado uma traição dentro do mundo do crime. Desde então, passou a ser considerada “carta marcada” pelos antigos aliados.
Atualmente, Eweline está foragida. Um cartaz com sua foto foi divulgado recentemente pelo Disque Denúncia, pedindo ajuda da população para localizar a criminosa. A polícia considera que ela continua armada e circulando por áreas dominadas pelo TCP, onde estaria sendo protegida.
A história da “Diaba Loira” chama atenção por reunir violência, exposição midiática e uma guerra silenciosa entre facções. Para os investigadores, ela representa um perfil crescente no tráfico: o de mulheres que ocupam papéis cada vez mais centrais dentro das organizações criminosas — e que, como seus colegas homens, também enfrentam a brutalidade das disputas internas.
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