PMs suspeitos de matar dois jovens em Camaçari são afastados
Família acusa PMs de executarem dois jovens dentro de casa em Camaçari
Por Da Redação.
Os policiais militares envolvidos na morte de Gilson Jardas de Jesus Santos, 18 anos, e Luan Henrique, 19, na Estrada do Cetrel, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, foram afastados das atividades operacionais, segundo a Polícia Militar (PM). O caso aconteceu na última terça-feira (8).
Segundo a versão da Polícia Civil, uma guarnição da PM fazia rondas na localidade conhecida como Canto dos Pássaros quando foi recebida a tiros por dois homens armados.
Familiares, no entanto, contestam a versão e afirmam que os jovens foram executados. “As evidências são claras. Eles levaram os meninos para dentro e executaram dentro de casa", disse Maria Silvânia, mãe de Gilson, à TV Aratu.
Testemunhas relataram ter ouvido apenas dois disparos. Imagens obtidas pela reportagem mostram os policiais retirando os jovens de dentro de um imóvel, com manchas de sangue visíveis. Em seguida, os corpos foram colocados no porta-malas de uma viatura. Gilson e Luan chegaram a ser levados ao Hospital Geral de Camaçari (HGC), mas não resistiram.
Diante da incompatibilidade entre a versão apresentada pelos policiais e os relatos de familiares e testemunhas, os PMs foram afastados das atividades de rua até a conclusão das investigações, que seguem sob responsabilidade da Polícia Civil.
Em nota, a PM informou que instaurou uma apuração administrativa, conduzida pela Corregedoria, e que o inquérito será acompanhado pelo Ministério Público. As armas utilizadas na ação foram apreendidas para perícia. Os policiais também foram encaminhados ao Departamento de Promoção Social (DPS), onde passarão por atendimento psicológico, como previsto nos protocolos em casos com resultado morte.
Veja nota na íntegra:
” A Polícia Militar da Bahia (PMBA) informa que instaurou apuração administrativa, por meio da Corregedoria, para analisar a conduta dos policiais militares envolvidos na ocorrência registrada no município de Camaçari, na última terça-feira (8). A investigação interna ocorre paralelamente ao inquérito conduzido pela Polícia Civil, que inclui a apreensão e perícia das armas utilizadas na ação. A pedido do Comandante-Geral, a apuração será acompanhada pelo Ministério Público, reforçando o compromisso da Corporação com a transparência e a lisura do processo.
Os policiais foram afastados das atividades operacionais, conforme previsto nos protocolos institucionais, e serão encaminhados ao Departamento de Promoção Social (DPS), onde passarão pelo atendimento psicológico previsto na diretriz que determina o acolhimento imediato aos policiais envolvidos em ocorrências com resultado morte. A medida visa à preservação da saúde mental e à manutenção da qualidade do serviço prestado à população.
A PMBA reafirma seu compromisso com a legalidade, a ética e a responsabilidade, mantendo a transparência como princípio essencial de sua atuação.”
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