PMs são alvos de operação por suspeita de homicídio em Jequié

Operação investiga homicídio em Jequié e apura suspeita de participação de quatro PMs lotados no 19º BPM

Por Ananda Costa.

Uma operação conjunta do Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) e da Secretaria de Segurança Pública (SSP) cumpriu, nesta quinta-feira (18), cinco mandados de busca e apreensão contra quatro policiais militares suspeitos de envolvimento em homicídio em Jequié, no sudoeste da Bahia.

Policiais são investigados por homicídio em Jequié. Foto: MPBA

Batizada de Operação Exposed, a ação é realizada de forma integrada pelos Grupos de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) e de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do MPBA, além da Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral (Force) e da Corregedoria da Polícia Militar, vinculadas à SSP. Os policiais investigados são lotados no 19º Batalhão da Polícia Militar de Jequié.

Durante a operação, foram realizadas buscas nas residências dos investigados e na sede do 19º BPM. Conforme informado pelo MPBA, foram apreendidos aparelhos celulares, armas de fogo e munições.

As investigações apuram as circunstâncias das mortes de Daniel Korbulon Franco Silva, Vinicius Gondim Azevedo e Kailan Oliveira de Jesus, ocorridas em maio de 2023. Os casos haviam sido registrados inicialmente como mortes decorrentes de suposta resistência armada à atuação policial.

Segundo o Ministério Público, a operação desta quinta-feira é um desdobramento da Operação Choque de Ordem, deflagrada em dezembro de 2024, quando três policiais militares foram presos preventivamente e posteriormente pronunciados para julgamento pelo Tribunal do Júri pelo homicídio de Kailan Oliveira de Jesus.

A análise do material apreendido naquela fase da investigação indicou novos elementos de prova que apontam a possível participação direta de outros quatro policiais no mesmo homicídio em Jequié. Ainda de acordo com o MPBA, há indícios da existência de um grupo organizado que utilizava redes sociais para planejar execuções, além de suposto desvio de armas e veículos apreendidos em outras ocorrências e divisão de valores entre os envolvidos.

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