PC mira grupo suspeito de homicídios e lavagem de dinheiro em Camaçari
Operação Rivais 2 mira grupo suspeito de tráfico de drogas, homicídios e lavagem de dinheiro em Camaçari, com movimentação irregular que ultrapassa R$ 1,2 milhão
Por Ananda Costa.
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta terça-feira (14), a Operação Rivais 2, com o objetivo de desarticular os setores operacional e financeiro de uma organização criminosa suspeita de envolvimento em tráfico de drogas, homicídios e lavagem de dinheiro em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.
De acordo com as investigações conduzidas pela 4ª Delegacia de Homicídios (DH/Camaçari), os integrantes do grupo movimentaram mais de R$ 1,2 milhão em diversas instituições bancárias utilizando CPFs de terceiros.
Operação anterior contra suspeitos de homicídios e lavagem de dinheiro em Camaçari
A ação é um desdobramento da primeira fase da Operação Rivais, deflagrada em março deste ano. Na etapa anterior, a polícia cumpriu um mandado de prisão temporária contra um homem apontado como responsável pelo assassinato de Ronaldo Correia Lima, ocorrido em dezembro de 2024, no bairro Phoc III.
Na ocasião, R$ 639 mil em contas vinculadas ao grupo foram bloqueados.
Criminalidade em Camaçari
Gilson Jardas de Jesus Santos e Luan Henrique
Em julho, dois jovens, Gilson Jardas de Jesus Santos, de 18 anos, e Luan Henrique, de 19, foram mortos a tiros durante uma ação da Polícia Militar na Estrada do Cetrel, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.
Familiares negam que tenha havido confronto, mas sim, uma execução. “As evidências são claras. Eles levaram os meninos para dentro e executaram dentro de casa", disse Maria Silvânia, mãe de Gilson.
Em contato com o Aratu On, a Polícia Civil apresentou outra versão. Segundo a entidade, uma guarnição da PM realizava rondas na localidade conhecida como Canto dos Pássaros, quando foi recebida a tiros por dois homens armados.
Contudo, Maria Silvânia relatou ao programa Alô Juca, da TV Aratu, que os jovens estavam em frente à casa da família, quando os policiais passaram em uma viatura, retornaram e os abordaram. “Meu filho estava esperando a namorada para almoçar. A viatura passou, deu a volta e invadiu minha casa dizendo que ele e o amigo tinham trocado tiros com eles”, afirmou.
Diante da incompatibilidade entre a versão apresentada pelos policiais e os relatos de familiares e testemunhas, os PMs foram afastados das atividades de rua até a conclusão das investigações, que seguem sob responsabilidade da Polícia Civil.
Em nota, a PM informou que instaurou uma apuração administrativa, conduzida pela Corregedoria, e que o inquérito será acompanhado pelo Ministério Público. As armas utilizadas na ação foram apreendidas para perícia. Os policiais também foram encaminhados ao Departamento de Promoção Social (DPS), onde passarão por atendimento psicológico, como previsto nos protocolos em casos com resultado morte.
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