Mulher enterra feto errado após sofrer aborto espontâneo na Bahia
Mulher sofreu o aborto espontâneo em 12 de novembro, e a família chegou a enterrar o feto entregue pelo hospital, que precisou ser exumado dias depois
Uma mulher que não teve a identidade revelada sofreu um aborto espontâneo e, dias depois, descobriu que havia sepultado o feto errado. O caso ocorreu no sábado (15), em Irecê, no norte da Bahia. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) instaurou uma sindicância para investigar a falha na entrega do corpo.

A paciente perdeu o bebê em 12 de novembro no Hospital Regional Dr. Mário Dourado Sobrinho, que liberou o feto para sepultamento na última sexta-feira (14). No sábado, um funcionário da unidade entrou em contato pedindo que o casal retornasse ao hospital. Ao chegarem, foram informados de que houve uma troca e que o corpo enterrado não era o do filho deles.
A família havia realizado o velório e o enterro do feto entregue pelo hospital. Após ser comunicada do erro, precisou autorizar a exumação e fazer um novo sepultamento, desta vez com o feto correto.
A mãe relatou ter reconhecido o corpo no momento da liberação, mas destacou que os bebês eram muito semelhantes. “Os bebês eram idênticos. Tinham o mesmo mês de nascimento, o mesmo tamanho. Estava roxinho por estar morto. O erro foi deles, porque no papel de óbito estava tudo: meu nome, a hora, a data. Quem foi irresponsável foram eles, por não conferirem o documento. Meu bebê estava no congelador e o da outra mãe não estava”, afirmou.
A funcionária responsável pela liberação do corpo foi afastada preventivamente até a conclusão das investigações.
Em nota, a Sesab informou que a direção do hospital identificou uma falha na conferência da identificação de um natimorto. Segundo a secretaria, assim que o erro foi percebido, a unidade acionou a polícia, localizou o cemitério e as famílias envolvidas, realizou a troca dos fetos e prestou assistência a ambos os núcleos familiares.
A Sesab afirmou ainda que reforçará os protocolos de identificação e segurança para evitar novos casos e que acompanha a apuração conduzida pela Polícia Civil.

Outros casos em que corpos foram trocados
O mistério envolvendo o sumiço do corpo da doméstica Arlete Santos dos Reis, de 44 anos, que morreu na última segunda-feira (1/6) vítima da Covid-19, chegou ao fim. Segundo a direção do Hospital Espanhol, onde a vítima estava internada, houve uma troca dentro da unidade, que é referência no tratamento contra a doença em Salvador, e ela foi enterrada por outra família.
De acordo com o marido de Arlete, Reginaldo César, a autorização para o enterro e a certidão de óbito foi expedida, mas a família levou um susto ao não encontrar o corpo. "Como é que não sabe quem enterrou? Como não sabe onde está? Isso é absurdo, é um mistério, e precisam resolver", desabafou ele antes de toda a confusão ser esclarecida pela direção do Hospital Espanhol.
A própria assessoria do HE admitiu o erro. De acordo com o hospital, o corpo da doméstica estava identificado, erroneamente, com duas etiquetas: uma com seu nome e outra com o de uma mulher de aspectos físicos semelhantes e de prenome Rosângela. Esse corpo foi reconhecido, também de forma errada, pelo irmão desta segunda pessoa, sem observar a presença de duas identificações.
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