Homem é preso suspeito de armazenar imagens de abuso infantil na Bahia
Suspeito de armazenar imagens de abuso foi preso em flagrante em Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia
Uma operação da Polícia Federal resultou na prisão de um homem suspeito de armazenar imagens e vídeos de abuso sexual envolvendo crianças e adolescentes. O flagrante ocorreu na terça-feira (4), em Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia.
A ação integra a Operação Anjo da Guarda, deflagrada pela PF para combater a disseminação de conteúdos de pornografia infantil na internet.

O suspeito foi detido durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em sua residência. No local, os agentes encontraram arquivos armazenados em equipamentos eletrônicos, o que levou à prisão em flagrante.
O homem foi encaminhado à Delegacia da Polícia Federal em Porto Seguro, também no extremo sul, onde o auto de prisão foi lavrado. Os materiais apreendidos passarão por perícia.
Pornografia infantil
O caso de um adolescente apreendido em Maracás, no sudoeste da Bahia, trouxe à tona preocupações sobre o comportamento de jovens em ambientes digitais. A operação, denominada "Brilho do Amanhã", investiga produção, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil, além de crimes envolvendo abuso sexual, estupro e extorsão.
Segundo a Polícia Civil, o adolescente mantinha um vasto acervo ilegal em plataformas digitais e participava da produção e transmissão de imagens com conteúdo sexual envolvendo menores, induzindo vítimas à automutilação durante transmissões ao vivo. Durante buscas, foram apreendidos celulares e mídias digitais que servem como evidência. Após a apresentação ao Judiciário, foi determinada a internação provisória em unidade da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac).

Pais têm mais medo de falar de internet do que de sexo
O caso reacende a discussão sobre como adolescentes interagem na internet. Para o pediatra Michael Rich, professor associado da Escola de Medicina da Universidade Harvard, não é possível “blindar” os jovens da internet, mas é essencial que pais e responsáveis saibam orientar o uso das redes sociais.
Rich pontuou que muitos pais têm mais medo de falar com os filhos sobre internet do que sobre sexo. "Isso acontece porque, correta ou incorretamente, eles sentem que conhecem algo sobre sexo, mas se sentem inseguros ao falar sobre a internet porque acreditam que os filhos sabem mais sobre isso do que eles", explicou em entrevista à Folha de S. Paulo publicada no domingo (28).
Para o especialista, de certa forma, os pais não admitem o fato de estarem "mergulhados no celular" e acabarem ausentes para os filhos. Mas, como os celulares, redes sociais e internet não vão deixar de existir, o que pode ser feito é "apoiar os pais a criar seus filhos no mundo digital”.
Siga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).