Família denuncia clínica após fuga e desaparecimento de paciente na Bahia

A família de Rômulo César Coelho de Almeida Júnior, de 35 anos, acusa a clínica Salvando Vidas, localizada em Monte Gordo, na Região Metropolitana de Salvador, de negligência após a fuga e o desaparecimento do paciente na última quinta-feira (27).

Diagnosticado com esquizofrenia, Rômulo é dependente químico desde os 18 anos. Segundo os familiares, não foi a primeira vez que ele fugiu de uma unidade de tratamento, mas é a primeira vez que permanece tanto tempo desaparecido.

“Ele está sempre sendo internado em clínicas, porque quando sai, volta a usar drogas”, contou a sobrinha do paciente.

De acordo com a clínica, Rômulo teria fugido durante o horário de visitas. A família afirma que tenta contato com a instituição para obter mais detalhes sobre o ocorrido, mas a equipe não estaria prestando assistência e não responde às ligações.

 A sobrinha relata ainda que representantes da unidade teriam dito que a responsabilidade é do próprio paciente.“Ele fugiu na hora do almoço, e só fomos avisados no final da tarde. Eles afirmaram que a culpa era de Rômulo”, disse a jovem. Segundo ela, a clínica informou que outro paciente também fugiu no mesmo momento, mas retornou à instituição.

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Outros casos: Paciente em surto foge de UPA e invade base do Samu em Salvador

Em setembro deste ano, um paciente em surto psiquiátrico invadiu a base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), após fugir da UPA de San Martin, onde recebia atendimento, em Salvador.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o homem conseguiu acessar a estrutura da base do Samu, que fica no mesmo complexo, e caiu dentro do espaço depois de quebrar parte do forro do teto.

No momento da ocorrência, ao constatarem que ele não estava armado, os profissionais contiveram o paciente com segurança. Não houve registro de feridos entre trabalhadores ou usuários.

Porteiro de hospital é denunciado após facilitar fuga de suspeitos de matar paciente

Wanderson Oliveira e Caio Felipe Queiroz foram denunciados pelo Ministério Público da Bahia por homicídio qualificado por motivo torpe e dissimulação, dificultando direito de defesa da vítima. Caio é porteiro do Hospital Municipal Magalhães Neto, em Brumado, e teria facilitado a fuga de Wanderson Oliveira da unidade de saúde, após ele matar um paciente do local.

O crime aconteceu no dia 28 de abril, por volta das 11h30, quando Wanderson e um comparsa, não identificado, entraram na unidade e efetuaram, pelo menos, 22 tiros contra Filipe Batista Lobo.

Segundo a denúncia do MP, após acessarem o local, Wanderson e seu comparsa se comunicaram com Caio Felipe, para saber a exata localização da vítima. Após ameaçar uma enfermeira com uma arma de fogo, Wanderson, conhecido como “Papito”, e seu parceiro, seguiram para a sala de raio-X, local onde estava Filipe.