Enfermeira é morta asfixiada por ex-marido na frente do filho de 2 anos
Principal suspeito não aceitava o fim do relacionamento e confessou ter matado enfermeira asfixiada horas depois
A enfermeira Ketyni Maria Gomes da Silva foi morta asfixiada pelo ex-marido, na frente do filho de dois anos, no bairro São Jorge, em Maceió (AL).
O principal suspeito, Jeferson, de 26 anos, não aceitava o fim do relacionamento e confessou o crime horas depois. Após admitir o assassinato, ele acompanhou os policiais até a casa da vítima, onde o corpo de Ketyni foi encontrado sem vida sobre uma cama de casal.
O casal tinha dois filhos, e o mais novo, de dois anos, presenciou o crime. Segundo a polícia, a criança estava nos braços do pai no momento em que ele se entregou na delegacia.
Jeferson foi preso em flagrante e encaminhado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
'Feminicídio pode ser o primeiro ato de violência'
É de conhecimento público que a violência contra a mulher é um dos grandes problemas do Brasil. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública em 2024, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que 1.467 mulheres foram mortas no país em razão do gênero, o maior número registrado desde a publicação da lei que tipifica o crime, em 2015.
Na Bahia, até o dia 21 de outubro, 80 feminicídios foram contabilizados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), apenas cinco a menos que o mesmo período em 2023.
Um dos casos recentes - e de grande repercussão - aconteceu em Teixeira de Freitas, no Extremo Sul do estado, quando as irmãs Elaine e Hiane Miranda de Araújo, de 41 e 35 anos, respectivamente, foram mortas a tiros pelo ex-marido da primeira, dentro de uma loja na cidade. O alvo do ataque, inclusive, possuía medida protetiva contra o suspeito, que não teve o nome divulgado.
'A lei falhou'
Uma vizinha de Laina Santana Costa Guedes, de 37 anos, morta a golpes de marreta pelo ex-companheiro na noite de terça-feira (19), contou, em entrevista ao repórter Marcos Henrique, da TV Aratu, como o crime aconteceu. O caso ocorreu em um condomínio de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.
O principal suspeito do crime de feminicídio, Ramon de Jesus Guedes, foi preso em flagrante no mesmo dia. A vítima, segundo relata a vizinha, identificada apenas como Jurema, já tinha um medida protetiva contra o agressor.
"Minha filha me acordou ouvindo os gritos, e disse: 'Minha mãe, é pedido de socorro'. Ela era uma mãe, uma irmã, que estava lá toda ensanguentada, gente. Quando eu cheguei, ele [o agressor] já tinha pulado. A lei falhou. Se estava com medida protetiva, então, a lei falhou. É necessário que a polícia, que as autoridades, deem suporte às mulheres. Eu sou mãe de quatro mulheres. Estou aqui pedindo que as autoridades deem um suporte. Quero que tenha justiça para esse caso. [...] Cena muito lamentável, ela sangrava muito. Cadê a lei para proteger essas mulheres?", relatou Jurema.
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