Conflito entre indígenas e assentados deixa dois mortos na Bahia
Confito entre indígenas e assentados ocorreu durante uma tentativa de “retomada de área” realizada por indígenas
Um conflito entre indígenas e assentados deixou duas pessoas mortas e uma gravemente ferida nesta terça-feira (28), na região da Associação Córrego da Barriguda, em Itamaraju, no extremo sul da Bahia.
O confronto ocorreu durante uma tentativa de “retomada de área” realizada por indígenas dentro dos limites da Terra Indígena Pataxó Barra Velha do Monte Pascoal.

As vítimas foram os assentados Amauri Sena dos Santos, de 37 anos, e Alberto Carlos dos Santos, de 60 anos. A terceira vítima que está em estado grave, foi identificada como Joabson Lima Alves dos Santos foi socorrido e encaminhado a um hospital da região, onde permanece em estado grave.
O território, delimitado e reconhecido pela Funai desde 2008, fica entre a BR-101 e o Parque Nacional do Monte Pascoal.
O Assentamento Córrego da Barriguda, criado na década de 1990 como parte de um projeto de reforma agrária, abriga atualmente 36 famílias.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Territorial de Itamaraju. Até a última atualização, os autores dos disparos não haviam sido identificados.

Recentes manifestações indígenas em Itamaraju
Uma manifestação indígena, com aproximadamente 30 pessoas, interditou a BR-101, no km 793, nas proximidades do trevo de Itamaraju, próximo à entrada do Parque Nacional do Monte Pascoal.
A Polícia Rodoviária Federal informou que os manifestantes exibem faixas com mensagens que alegam perseguição a lideranças da comunidade indígena local. Eles reivindicam justiça e cobram providências das autoridades competentes.
Lideranças indígenas criticam ações da Força Nacional no extremo sul
Lideranças indígenas e representantes locais do Território Indígena Barra Velha de Monte Pascoal, no extremo sul baiano, criticaram as ações da Força Nacional de Segurança na região, alegando que estão sendo alvo de prisões “arbitrárias” e cobraram a libertação do Cacique Suruí Pataxó, preso em 2 de julho.
Segundo nota do Conselho de Caciques, que o Aratu On teve acesso, a versão divulgada pela Força Nacional de que houve uma emboscada para justificar a prisão do Cacique é uma “invenção absurda e mal-intencionada”, e o que teria ocorrido “foi uma reação legítima e indignada diante da prisão de uma das lideranças mais ameaçadas do território”.
No último dia 2 de julho, quatro pessoas - dois adultos e dois adolescentes - foram detidas durante uma operação no Território Indígena, que resultou ainda na apreensão de duas pistolas, e 386 munições de diferentes calibres, incluindo 9mm, .380, .44, 5.56, 12, .22 e .32.
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