Acampamento usado por criminosos é localizado em Marechal Rondon

Polícia Militar intensificou o policiamento no bairro após a morte de três técnicos de internet, ocorrida na última terça-feira

Por Anna Caroline Santiago.

Uma operação da Polícia Militar no bairro de Marechal Rondon, em Salvador, localizou um acampamento utilizado por criminosos na tarde desta terça-feira (23). A ação integra o reforço do policiamento na região após a morte de três trabalhadores, ocorrida no último dia 16 de dezembro.

Acampamento usado por criminosos é localizado em Marechal Rondon.Foto: Reprodução

Segundo a corporação, o acampamento foi encontrado após uma troca de tiros no bairro. Durante a fuga, os suspeitos correram em direção a uma área de matagal, onde os policiais identificaram estruturas improvisadas usadas como esconderijo.

Até o momento nenhum suspeito envolvido na troca de tiros foi localizado. A Polícia Militar segue com as ações no bairro. 

Mortes de técnicos de internet

As vítimas, Ricardo Antônio da Silva Souza, 44 anos; Jackson Santos Macedo, 41; e Patrick Vinícius dos Santos Horta, 28, teriam sido assassinadas sob a suspeita de que estariam instalando equipamentos de monitoramento para facções rivais. 

Os três profissionais foram sequestrados em Marechal Rondon, mas os corpos foram deixados no bairro do Alto do Cabrito. Segundo fontes policiais ouvidas pelo Aratu On, a escolha do local teria sido estratégica, funcionando como uma provocação à facção rival Comando Vermelho (CV), que os criminosos acreditavam estar monitorando a área.

Técnicos de internet foram encontrados mortos na última terça-feira, no Alto do Cabrito, em Salvador.Foto: Reprodução

Mandante foragido no Rio de Janeiro

Jegue, que chegou a figurar no Baralho do Crime, está foragido e segue sendo procurado pela Polícia. mandante da execução já integrou o Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Conforme apuração do Aratu On, ele é apontado como uma das lideranças do Bonde do Maluco e está foragido no Rio de Janeiro.

Durante as investigações, a Polícia Civil teve acesso a conversas de WhatsApp que detalham a articulação do crime, desde a chegada dos técnicos ao bairro até a ordem final para a execução. As mensagens indicam que, mesmo após os profissionais terem sido inicialmente liberados, o líder da facção determinou a morte das vítimas à distância.

 

“Eles foram sequestrados perto do bairro onde pararam para almoçar. Se tivessem ido embora, nada disso teria acontecido. Outro detalhe é que os quatro suspeitos fazem um comunicado para esse líder dizendo que havia pessoas instalando câmeras e que haviam expulsado os técnicos. O líder responde que, se estavam instalando câmeras, fosse para facção rival ou para a polícia, deveriam ser mortos. A partir daí, eles voltam e executam os três homens”, relatou, com exclusividade, uma fonte policial ao Aratu On.

 

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